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{ Monthly Archives } julho 2012

ONÍRICAS PLANIFICAÇÕES METODOLÓGICAS

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CONTRAPONTO HARMÔNICO CROMÁTICO (NA VILA MARIANA)

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QUE VIDA É ESTA??? ATÉ AMANHÃ… MEUS COMPROMISSOS

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OS TERRÍVEIS DESÍGNIOS DO DEUS-ENCOBERTO

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Como sou neto de dois ex-combatentes da Revolução Constitucionalista, não poderia deixar de comparecer os desfile comemorativo da Revolução de 1932

algumas pessoas usam réplicas das fardas cáqui usadas pelas forças paulistas… vou pedir para a minha fiel escudeira confeccionar uma farda destas para mim, qualquer dia…

vejam esta corroça puxada por cavalos bretões…

o mais interessante do desfile é a cavalaria, a Bandeira das Treze Listras vai a frente junto com a bandeira de Pindorama e outra bandeira desconhecida…

… atrás vinha as bandeiras dos outros estados…

tudo animado pelo som desta banda…”Cisne Branco”, “Canção do Expedicionário” e outras pérolas…

nunca havia entrado no Memorial que existe sob o obelisco… lá dentro visitei o túmulo de Guilherme de Almeida, que escreveu este que é mais belo poema homenajeando a bandeira paulista:

NOSSA BANDEIRA

Bandeira da minha terra,
Bandeira das treze listas:
São treze lanças de guerra
Cercando o chão dos paulistas!

Prece alternada, responso
Entre a cor branca e a cor preta:
Velas de Martim Afonso,
Sotaina do Padre Anchieta!

Bandeira de Bandeirantes,
Branca e rôta de tal sorte,
Que entre os rasgões tremulantes,
Mostrou as sombras da morte.

Riscos negros sobre a prata:
São como o rastro sombrio,
Que na água deixara a chata
Das Monções subido o rio.

Página branca-pautada
Por Deus numa hora suprema,
Para que, um dia, uma espada
Sobre ela escrevesse um poema:

Poema do nosso orgulho
(Eu vibro quando me lembro)
Que vai de nove de julho
A vinte e oito de setembro!

Mapa da pátria guerreira
Traçado pela vitoria:
Cada lista é uma trincheira;
Cada trincheira é uma glória!

Tiras retas, firmes: quando
O inimigo surge à frente,
São barras de aço guardando
Nossa terra e nossa gente.

São os dois rápidos brilhos
Do trem de ferro que passa:
Faixa negra dos seus trilhos
Faixa branca da fumaça.

Fuligem das oficinas;
Cal que das cidades empoa;
Fumo negro das usinas
Estirado na garoa!

Linhas que avançam; há nelas,
Correndo num mesmo fito,
O impulso das paralelas
Que procuram o infinito.

Desfile de operários;
É o cafezal alinhado;
São filas de voluntários;
São sulcos do nosso arado!

Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz, no topo vemelho,
O Coração do Paulista!

(Guilherme de Almeida)

ODORES DE CAFÉ

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TERNURA DE UM CORPO MANSO, NA NOITE DA NOITE ESCURA

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AMOR E SAMBA

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O TROMBONE, O TRUMPETE E O SAXOFONE SOANDO EM CONTRAPONTO EM UMA CANÇÃO ESQUECIDA DE ISMAEL SILVA

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Já saiu a mais nova TUDA. Tem poesia de Arnaldo Xavier, e muitas outras coisas boas, mas o destaque é uma versão para a lingua inglesa da letra da canção “Márginália II” escrita por Torquato Neto e musicada por Gilberto Gil:

MARGINALIA II

I, Brazilian, confess
My fault, my sin
My desperate dream
My top-secret file
My afflictedness

I, Brazilian, confess
My fault, my exile
The everyday demagogy
Tropical melancholy
Dark loneliness

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

Here, the Third World
Asks the blessing, pray the psalm
Among waterfalls, palm
Mango and banana trees
By the linnet’s singing

Here, my panic and glory
Here, my salvation and doom
I well know my history
It starts at the full moon
And it ends before the ending

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

My land has palm trees
Where the wind spells the breath
of hunger, fear and more
Especially death
Olele, Lala

The bomb explodes outside
And now, what I’ll fear?
Oh, oui, we have bananas
Even to give and sell
Olele, Lala

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

MARGINÁLIA II

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti

Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá

A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
até mesmo pra dar e vender
Olelê, lalá

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

(Torquato Neto – versão: Eduardo Miranda)

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