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{ Tag Archives } cinema

HOMENAGEM A PAULO CÉSAR PEREIO

Existe uma teoria que diz que existem atores que desempenham com o olhar e atores que desempenham com a voz… Pereio está na última categoria.. Para mim, uma das grandes atuações do cinema brasileiro e mesmo mundial, é a cena do filme “Bang Bang” de Andrea Tonacci, onde Pereio vestindo uma máscara de macaco canta “Eu sonhei Que Tu Estavas Tão Linda” de Lamartine Babo enquanto se barbeia em frente a um espelho… Confiram…

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Pindorama perdeu nesta semana um dos seus cineastas mais geniais: José Mojica Marins, que como Chaplin, criou um personagem que se confunde com o seu criador…

Para mim, um dos momentos mais criativos do cinema mundial, é a abertura do filme “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” quando em uma fusão entre a imagem de uma tempestade e a imagem do Zé do Caixão, uma voz proclama:

“ Quem sou eu, não interessa, como não interessa quem é você, ou melhor, não interessa quem somos. Na realidade, o que importa é saber o que somos. Não se dê ao trabalho de pensar porque a conclusão seria: a loucura. O final de tudo, para o início de nada.
A coragem inicia onde o medo termina. O medo inicia onde a coragem termina. Mas será que existem a coragem e o medo? Coragem para quê? Medo do quê? De tudo? O que é tudo? De nada? O que é nada?
A existência, o que é a existência? A morte? O que é a morte? Não seria a morte o início da vida? Ou seria a vida o início da morte?
Você não viu nada e quer ver tudo. Você viu tudo, mas não viu nada. Teme o que desconhece e enfrenta o que conhece. Por que teme o que desconhece e enfrenta o que conhece? Sua mente confusa não sabe o que procura. Porque o que procura confunde sua mente. E nasce o terror. O terror da morte. O terror da dor. O terror do fantasma. O terror do outro mundo: Agora vê no terror que nada é terror, não existe o terror. No entanto o terror o aprisiona. O que é o terror? Ah! Não aceita o terror porque o terror é você.”

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zebonitinho

Homenagem a José Loredo… Zé Bonitinho transitava da cultura televisiva da “Escolinha do Professor Raimundo” ao Cinema Experimental de Rogério Sganzerla, no qual trabalhou em dois filmaços “Sem Essa, Aranha” (1970) e “Abismu” (1977).

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odete1

TRIBUTO A ODETE LARA
Orson Welles era um ator de voz, Marlon Brando era um ator de olhar… Odeta Lara era uma atriz que em vez da voz ou do olhar, se expressava pelo cabelo… assistam “Noite Vazia” e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”

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hugo

Mais um gênio que nos deixa… Hugo Carvana… trabalhou com Glauber (Terra Em Transe, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, Der Leone Have Sept Cabezas, Câncer) Bressane (O Anjo Nasceu) e ainda no lendário “O Rei dos Milagres” uma produção independente ítalo-brasileira dirigida por Joel Barcelos, absolutamente genial porém relegada ao esquecimento… além disso Carvana foi um bom diretor (para mim “Se Segura Malandro” é seu melhor filme) e também trabalhou em televisão…

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Mais um gênio se vai… Carlos Reichenbach conhecia tudo de cinema… não assisti todos os seus filmes, mas dos que vi “Império do Desejo”, “Filme Demência”, “Anjos do Arrabalde”, “Alma Corsária”, “Dois Córregos”, “Garotas do ABC”e “Falsa Loura” gostei de todos, principalmente “Filme Demência” baseado em “Fausto” de Goethe e “Imperio de Desejo” um filme erótico com inserções de William Blake e Jimi Hendrix… Vou ver se agora assisto o resto…

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“Ir a um coquetel em San Juan significava encontrar tudo o que há de mesquinho e ganancioso na natureza humana. Sua pretensa sociedade não passa de uma horda estonteante e barulhenta de ladrões e vigaristas pretensiosos, um show de horrores entediante repletos de fraudes, palhaços e filisteus com mentalidades mancas.”

(Hunter S. Thompson – Rum: Diário de Um Jornalista Bêbado) – L&PM Pocket –

Neste final de semana li o livro Rum: Diário de Um Jornalista Bêbado – Hunter S. Thompson Rum: Diário de Um Jornalista Bêbado (L&PM Pocket -253 páginas)… fui assistir o filme também: Diário de Um Jornalista Bêbado (The Rum Diary) dirigido por Bruce Robson… a adaptação cinematográfica é um desastre: funde dois personagens em um (*), acrescenta várias coisas que não tem no livro (algumas de humor para adolescentes-mentais) e altera o final… achei que o grande ator Johnny Deep, por ter sido amigo pessoal de Hunter Thompson iria interpretar magistralmente e personagem Paul Kemp (um alter-ego do escritor), mas ledo engano, o único personagem que se salva é o fotógrafo Bob Sala interpretado por Michael Rispoli…
Esqueçam o filme e fiquem com o livro: é mais poético, mais divertido e menos estereotipado… e custam o mesmo valor: o ingresso do cinema custou os mesmos dezenove reais da edição de bolso…

(*) No livro o namorado da personagem Chernault é Yeamon, um jornalista maluco, sem dinheiro e valentão, enquanto que o ex-jornalista e jovem empresário Sanderson apresenta tendências homossexuais, no filme estes dois personagens são fundidos em uma única pessoa, o que altera toda a estória… no livro também não existem brigas de galos, apostas, cenas de carro em alta velocidade, etc.

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batalha

Hoje faz trinta anos que Glauber se foi… seria interessante saber o que ele estaria dizendo do atual quadro brasileiro e mundial… Até hoje seu cinema é atual, mas o que mais gosto de rever são as aparições no programa abertura

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serge

Fui assistir “Gainsbourg – O Homem que Amava as Mulheres” (Serge Gainsbourg, Vie Héroïque, na lingua original), filme dirigido por Joann Sfar, um quadrinhista… a influência dos comixs com bonecos contracenando com atores no começo agrada, mas logo torna-se um pouco cansativa diante da riqueza e complexidade existencial do biografado… não gosto de tudo que Gainsbourg gravou… não gosto dos seus discos do final dos anos sessenta nem de algumas outras fases posteriores, porém os seus discos iniciais são geniais, assim como é genial sua gravação de “Smoke Gets In Your Eyes” realizada no final dos anos setenta, e principalmente “La Javanaise”, sua obra-prima, uma das canções mais belas de todos os tempos!!! Aqui vai um desenho que fiz em sua homenagem em 1991, quando soube que ele tinha falecido…

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O ASSUNTO É CINEMA

Não vi “Tropa de Elite I” nem vou ver “Tropa de Elite II”… este neo-cinema-novo-favelo-narcotrafizado não me agrada… em compensação fui assistir “Luz Nas Trevas”, a continuação de “O Bandido da Luz Vermelha” dirigido por Helena Ignez e Ícaro Martins, baseado em roteiro de Rogério Sganzerla. O filme é muito bom: a continuação dos ideais cinematográficos do gênio de Joaçaba, transpostos para a realidade atual: boa montagem, ótima música ( Paulo Sérgio, Lanny Gordin, boleros, etc), atuações geniais… e o mais interessante é que a estrutura do “Bandido da Luz Vermelha” foi mantida, com diversas colagens… uma pena é que não aproveitaram o material com o Pagano Sobrinho e Roberto Luna (talvez seja devido a problemas com direitos autorais)… a cena do “O Bandido da Luz Vermelha” em que Luna canta “Molambo” na boite Bambu (*) é ao meu ver uma das melhores do antigo filme, poderia ser “colada”no filme atual… mas mesmo com um ou outro deslize, por exemplo: a cena do Ney Matogrosso contando “Sangue Latino” no alto do edifício Copan poderia ser suprimida, ou mesmo modificada (escolhendo outra música), mas mesmo assim trata-se de um grande filme: Assistam!!!

(*) Funciona até hoje, fica atrás do Cube Sírio, junto a Av. Rubem Berta.

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