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“O pensar, contudo, é poematizar, e não somente no sentido da poesia e do canto. O pensar do ser é a maneira originária de poematizar. Somente nele, antes de tudo, a linguagem se torna a linguagem, isto é, atinge a sua essência. (…) O pensar é o poematizar originário que precede toda a poesia, mas também o elemento poético da arte, na medida que esta se torna obra, no seio do âmbito da linguagem. Todo o poematizar, tanto neste sentido mais amplo como no sentido mais restrito do poético, é, no seu fundo, um pensar.”
(Martin Heidegger – tradução: Ernildo Stein)
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MONTEVIDÉU – Enrique Vila-Matas – Companhia das Letras – Tradução: Júlio Pimentel Pinto
Existem escritores que contam sempre a mesma estória, com pequenas variações, e nem por isso deixam de ser geniais… Enrique Vila-Matas é um desses escritores… a mesma estória que repete é a do escritor em crise com um bloqueio criativo, que está sempre em trânsito, participando de congressos de literature em diferentes cidades… Neste livro, o narrador é um escritor catalão que vai para Paris inspirado nos escritores norte-americanos dos anos 20 e acaba se transformando em traficante de drogas, antes de se virar um escritor famoso… agora ele passa por um bloqueio criativo, ou síndrome de Rimbaud (*)…
Na tentativa de romper este bloqueio criativo ele retorna a Paris, depois seguindo por Cascais, Montevidéu e novamente Paris (além das reminiscências de passagens por Bogotá, Nova Iorque e St. Gallen), onde algumas vezes nos quartos vizinhos dos hotéis onde se hospeda, ocorrem eventos significativos na trama do livro… podemos interpreter estes quartos contíguos como metáforas do lado esquerdo do cérebro, o local onde estariam as novas idéias para uma obra, que o escritor não consegue acessar…
O evento central envolvendo quartos vizinhos, ocorre em Montevidéu (**), quando o escritor se hospeda no mesmo quarto do Hotel Cervantes onde se passa o conto “A Porta Condenada” de Julio Cortázar. Para tal é necessário que o leitor tenha lido antes tanto este conto, como também “Estória com Migalas” do mesmo autor… Eis aqui uma exigência que fazem este e outros autores que intercalam ensaios literários na ficção: para ter uma compreensão mais completa da obra é necessário o conhecimento de uma série de outras obras…
No caso desta, ajuda muito o leitor ter assistido os filmes de Truffaut estrelados por Jean-Pierre Léaud, bem como “Spider – Desafie sua Mente” de David Cronemberg e lido “Baterbly, o Escrivão” de Herman Melville, entre outros…
Quem já leu outras obras deste autor não irá se decepcionar, inclusive porquê neste livro Vila-Matas insere pitadas de literatura fantástica, elemento que não me recordo de ter visto em suas obras anteriores…
Quem nunca leu, poderá descobrir um dos melhores nomes da literatura atual…
(*) Arthur Rimbaud abandonou a literatura com 20 anos de idade para se tornar mercados de armas na África
(**) Por sinal a definição da capital uruguaia de Vila-Matas é exemplar:
“Montevidéu era uma cidade, mas também um estado de ânimo, uma forma de viver em paz fora do convulsionado centro do mundo (…)”
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