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junho 2003
DIÁLOGOS PERTINENTES
Neste domingo fui na exposição DIÁLOGOS PERTINENTES ( FAAP – R. Alagoas , 903 – Higienópolis – São Paulo / Terça a sexta : 10h – 21h , Sábados e domingos ; 13h – 18h – até o dia 10/08 ) na qual Monica Schoenacker , Dora Longo Bahia e Sandra Cinto dialogam com suas alunas da faculdade retro-mencionada… Se a proposta da mostra é mostrar uma relação dialética entre as artistas-professoras e suas jovens pupilas , creio que só o núcleo dirigido por Monica Schoenacker congrega a unidade necessária para demonstrar uma empatia concisa entre professor & aprendiz … os outros núcleos estão mais para conversa de autista … talvez esta impressão deva-se a colocação de um texto explicativo com densidade e substância , escrito por Monica , enquanto que o núcleo de Sandra Cinto não possui texto ( ou se possui , eu não vi ) e o texto de Dora Longo Bahia é de um primarismo tamanho que acaba até refletindo a proposta de suas alunas ( aí , até que houve um diálogo … )
No núcleo de Sandra Cinto o destaque é Loryen Bessa , cuja poética onírica desenhada com capricho de traços à lapis , remete a um espaço trancendente no qual rostos flutuam entre frases contendo palavras mágicas : senhas para a imersão do espectador no âmago da obra … gosto de quem sabe desenhar , pois sempre acharei que um(a) bom(a) artista começa por um(a) bom(a) desenhista , embora pessoas como Pollock , consigam me provar que isto é preconceito…
Temos ainda Marcela Tiboni , cuja proposta de mostrar auto retratos fotográficos bebendo a tinta dos quadros que escorre , estaria melhor inserida , se a proposta fosse um diálogo com o filme “O Bandido da Luz Vermelha” , no qual há uma cena em que o bandido ( interpretado por Paulo Vilaça ) tenta se matar bebendo tinta-a-óleo de uma lata e mancha o corpo com a tinta preta …
No núcleo de Dora Longo Bahia o destaque são os dois quadros da própria , que seriam belíssimas pinturas abstratas em tons avermalhados e que são estragados pela inserção das palavras CRÂNIO E MORTO escrita em caracteres de pichadores ( será a estética do Capão Redondo imaculando a beleza cromática dos locais chiques ??? )
Chegando ao núcleo de Monica Schoenacker , deparamos com uma obra denominada “Alcoólicos Anônimos” na qual a repetição de um paisagem de um letreiro escrito BAR impressa sobre tábuas-de-carne , com as devidas alterações cromáticas e da disposição das letras ; cria uma referência à montagem cinematográfica ( espécie de quadro-a-quadro ) e revela o caráter cíclico embuído no título da obra … Como costuma a ocorrer com as obras de Monica, o uso adequado da cor enriquece o conjunto da obra …
De suas pupilas gostei mais do trabalho de Patrícia Pomerantzeff , que fotografou desenhos formados pela espuma do mar , que parecem silhuetas de montanhas … lembrei de uma canção de um recém-adquirido CD de Jovem Guarda argentina : “Espuma de Mar” ( Bernardo Mitnik ) interpretada por Chico Navarro …
Daniela Cury fez um belo auto-retrato em que a múltipla repetição de imagens justapostas de um rosto estilizado em tons de cinza , cria um efeito ótico que remete a considerações sobre o significado da identidade pessoal … há também uma obra entitulada “Álbum de Casamento” que ao meu ver , como todo album de casamento ( seja real ou fictício ) , só deveria ser exposta a amigos e familiares …
Por fim , há a obra : “Lençóis” de Ana Sílvia Mazzei em que figuras masculinas são impressas sobre lenços descartáveis , mostrando o caráter transitório e fugidio das relações carnais …
Quanto as outras obras , mostrando verminoses sobre a pele , ensaios de banda de rock , gilettes e coisas assim , prefiro me calar …
UNA MUJER DESNUDA Y EN LO OSCURO
Una mujer desnuda y en lo obscuro
tiene una claridad que nos alumbra
de modo que si ocurre un desconsuelo
un apagón o una noche sin luna
es conveniente y hasta imprescindible
tener a mano una mujer desnuda
una mujer desnuda y lo obscuro
genera un resplandor que da confianza
entonces dominguea el alamanaque
vibran de su rincón las telarañas
y los ojos felices y felinos
miran y de mirar nunca se cansan
una mujer desnuda y lo obscuro
es una vocación para las manos
para los labios es casi un destino
y para el corazón un despilfarro
una mujer desnuda es un enigma
y sempre es una fiesta descifrarlo
una mujer desnuda y lo obscuro
genera una luz propia y nos enciene
cielo raso se converte en cielo
y es una gloria no ser inocente
una mujer querida o vislumbrada
desbarata por una vez la muerte (*)
(*)UMA MULHER DESNUDA NO ESCURO
Uma mulher desnuda no escuro
tem uma claridade que nos ilumina
de modo que se nos ocorre um desconsolo
um apagão ou uma noite sem lua
é conveniente e até imprescindível
ter a mão uma mulher desnuda
uma mulher desnuda no escuro
gera um resplendor que dá confiança
então o calendário domingueia
vibram em seu canto as teias-de-aranha
e os olhos felizes e felinos
olham e de olhar nunca se cansam
uma mulher desnuda no escuro
é uma vocação para as mãos
para os lábios é quase um destino
e para o coracão um esbanjamento
uma mulher desnuda é um enigna
e sempre é uma festa decifrar-lo
uma mulher desnuda no escuro
gera uma luz própria e nos acende
céu sereno se convete em céu
e é uma glória não ser inocente
uma mulher querida ou vislumbrada
desbarata de uma vez a morte
( Mario Benedetti – Tradução : José Geraldo de Barros Martins )
Cheguei ontem ao país de Pindorama !!!
Após ler os jornais daqui e pensar no que vi lá cheguei a algumas conclusões :
– Buenos Aires tem mais livrarias queo Brasil inteiro ( o número de livrarias por metro quadrado na Av. Corrientes só é comparável a uma rua que passei em Londres , mas que esqueci o nome ) , e o câmbio torna os livros bem acessíveis ( além do fato que tenho mais facilidade ler em espanhol do que em inglês ) , porém na paulicéia você acha toda ( pelo menos “oficialmente” ) obra do Jorge Luis Borges em português , enquanto que na capital platina ( mesmo que seja na famosa livraria “Ateneu” ) você só acha um livro do Machado de Assis traduzido ( acho que é “Memórias Póstumas de Brás Cubas” ) … isto também vale , se compararmos a execução das traduções brasileiras de Cortázar , Bioy Casares e outros , com a inexistência de traduções argentinas de brazucas do mesmo quilate : não há versões para Antônio Maria , nem Oswald , nem Mário de Andrade e nem de Drummond í
– O país dos mamelucos juntamente com o país das Selvas de Hiroito e o país que produz o Romanné Conti , formam um seleto grupo dos países que já traduziram TODA a obra de James Joyce : ou seja de novo os argentinos estão marcando touca : e eles que possuem imigração irlandesa …
– Mas mesmo assim tem bastante coisa a ser lida : descobri que aquele filme do Eliseo Subiela ( que comentei outro dia aqui ) se baseia em textos de um autor chamado Mario Benedetti , nascido em 1920 na República Oriental do Uruguay ( eles chamam os uruguais de orientais ) e que se exilou na Argentina , Perú , Cuba e Espanha … comprei dois livros dele : “Antología Poética” e “Primavera con uma esquina rota” amanhã publico algo dele …
Há cerca de uns seis ou sete anos assisti um filme de Eliseo Subiela ( para quem não sabe o diretor de “Um homem olhando para o sudeste” , vencedor de uma das mostras internacionais de cinema da paulicéia ) …este filme , cujo nome tinha esquecido , conta a estória de um jovem que tenta encontrar a mulher ideal nas noites portenhas , como nunca acha sua princesa , coloca um botão na cabeceira da cama , que ao ser apertado , faz com que metade da cama abra como um alçapão , despachando assim suas companheiras …um dia encontra uma cega , mas com pena , nao aperta o botão e a leva para casa ( embora nunca mais a veja ) …enquanto isto , periodicamente toma a balsa que cruza o Rio da Prata , para visitar seu verdadeiro amor : uma prostituta que mora em Colônia do Sacramento ( no Uruguai ) … há cenas em que o protagonista toma cerveja com um amigo no antigo cais , local que depois foi reformado , se tornando um local chique chamado Puerto Madeiro …entre um gole e outro , o jovem olha para o rio e fica pensando na amada …
Finalmente descobri o nome do filme : O Lado Obscuro do Coração …vou ver se acho em vídeo ou DVD , uma vez que jamais irei encontrar nas locadoras paulistanas …
POBRECITOS DE LOS OTROS
Ao subir no Cerro Chapelco hoje , sem o equipamento apropriado , não pude de deixar de pensar nos soldados de Hitler e Napoleão que pereceram de frio na Rússia … não que tenha simpatia pelos dois baixinhos , oriundos das classes populares , que se tornaram mandatários de seus paises ( embora a invasão napoleônica na Espanha e Portugal tenha desencadeado a independência dos países da América do Sul ) … mas por um instante, imaginei o que sofreram os franceses em Moscou e os alemães em Stalingrado …
UM POUCO DE MAPUCHE
Tenho escrito aqui ,como Nahuel Huapi , Lacar , sem explicar a etmologia destas palavras : Nahuel quer dizer tigre , Huapi quer dizer ilha, Lacar : cidade submersa assim como Alí-Curá : muito seco ; Chenque : tumba ; Collón Curá : máscara de pedra ; Cumelén : estar em paz ; Cumen-Ruca : boa casa ; Cuyen : lua ; Lauquen : lago ; Leufú : rio ; Llao Llao : fruto parasita de uma árvore local ; Mapuche : gente da terra ; Melipal : cruzeiro do sul ; Peuhén : araucária ; Petrohué : inseto aquático ; Piren : nevar ; Quime Quipan : bem-vindo ou bom regresso ; Traful : união de arroios ; Truquelén : lugar de repouso e Variloche : gente de trás da montanha ….
Após um dia extremamente chuvoso , em que passei por Junín de Los Andes ( onde segundo o motorista do micro-ônibus ) o exército argentino travou uma sangrenta batalha com os índios Mapuche , cheguei a San Martin De Los Andes … graças a rezas embuídas de muito sentimento , Sao Pedro me atendeu e o dia hoje foi lindo … ingressei em um barco e após meia hora estava em Quina Quila , a beira do lago Lacar ( com as montanhas em volta cobertas de neve … só que ao contrário de Villa La Angustura , com SOL )… lá caminhei em um parque até cansar e depois tomei duas latas de cerveja … As pistas de esqui estao fechadas … o que é uma pena !!!
UM PAULISTANO ENSANDECIDO AO CAMINHAR PELA PRIMEIRA VEZ SOBRA A NEVE
Estou em Villa la Angustura a cerca de uns cem quilometros ao norte de Bariloche ( que por sinal ficou comercializada desde a ultima vez que estive em 1982 , fiquei umas duas horas e fugi ) … Aqui e um vilarejo a beira do lago Nahuel Huapi com cerca de oito mil habitantes … Este local era habitado pelos indios Mapuche e agora esta virando uma estancia turistica … A comida e excelente : trutas , culinaria italiana de primeira , cordeiro patagonico e vinhos baratissimos …que alegria … fora a paisagem ( picos nevados a beira de uma regiao lacustre ) , que mesmo com uma garoa constante nao deixa de ser admiravel …