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QUEM PODERÁ DUVIDAR DE TANTO AZUL

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MALTY DRY MARTINI

O genebra é o antepassado holandês do gin… aqui vai uma receita de um Dry Martini feito com esta bebida… dizem que os jogadores do Carrossel Holandês tomavam pequenos shots deste coquetel no intervalo dos jogos da copa de1974 (*)

Duas doses de Genebra
Meia dose de vermouth seco
Gotas de orange bitter

Mexa bem o genebra e o vermouth em uma coqueteleira com gelo. Despeje em uma taça previamente gelada. Adicione gotas de bitter é uma azeitona.

(*) Esta lenda sobre o Carrossel Holandês eu acabei de inventar!

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ATOS HUMANOS – Han Kang – Editora Todavia – Tradução Ji Yun Kim

No meu modesto conhecimento de literatura não li muitos vencedores do prêmio Nobel, somente Thomas Mann, Luigi Pirandello, T.S. Eliot, William Faulker, Winston Churchill, Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Pablo Neruda, Gabriel Garcia Márquez, Octavio Paz, Kasuo Ishiguro e Annie Ernaux … é muito pouco, por isso é sempre recomendável aumentar a lista, mesmo que este prêmio não signifique muita coisa, afinal Jorge Luis Borges, James Joyce, Guimarães Rosa, Marcel Proust, Erza Pound, Haroldo de Campos, Fernando Pessoa, Antonio Tabucchi, Georges Perec , Hida Hilst, W. G. Sebald ou Thomas Pynchon não ganharam o prêmio Nobel.

Neste intuito resolvi ler “Atos Humanos” escrito pela sul-coreana Han Kang, a mais recente vencedora deste prêmio, embora não com esta obra…

Utilizando várias formas narrativas, o livro mostra diversos personagens vivendo em tempos distintos, porém cujas vidas se entrelaçam em torno de um personagem central, o estudante Dongho, vítima do massacre de Gwangiu, uma insurreição ocorrida entre 18 a 27 de Maio de 1980, contra o ditador Chun Doo-hwan que havia dado um golpe de estado em 12 de Dezembro de 1979.

Expondo facetas da fragilidade humana e da ausência de valor da vida em um ambiente repressivo, o livro exprime uma mensagem de resiliência ao mal, que a primeira vista parece ser exclusiva do pensamento oriental, mas que também é encontrada nas passagens dos evangelhos de Mateus (5,38) e Lucas (6,29), quando Jesus fala em oferecer a outra face (há inclusive um capítulo em que uma personagem descreve separadamente os sete tapas na cara que recebeu em um interrogatório).

Confesso que não é um livro que me extasiou, porém na época atual com tantas mazelas, uma obra que exalte de forma poética a solidariedade, a entrega descompromissada, a dignidade humana,mesmo não sendo genial,  sempre merece ser lida.

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HOMENAGEM A QUINCY JONES

No início do mês perdemos este monstro da música: trompetista, compositor de canções a trilhas de cinema, arranjador, líder de banda e produtor…

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EL LIBRO DE TODOS LOS AMORES – Agustín Fernández Mallo – Editora Seix Barral

Mescla de romance e ensaio o livro conta a estória de um professor de latim uruguaio que passa um ano sabático em Veneza, enquanto que sua namorada, uma escritora (também uruguaia), que está escrevendo um tratado sobre o amor, retorna a cidade para reencontrá-lo. A narração ocorre algum momento do presente século, quando a sociedade caminha para a beira de um colapso. 

Intercalado com a narrativa das andanças do casal, segue em paralelo, o texto que a escritora está escrevendo: uma série de pequenos diálogos e um inventário  das mais diversas formas de amor.

Li este livro no começo do ano, agora releio-o pinçando um ou outro pedaço, em um processo de lenta digestão literária… vejam só que interessante é esta reflexão, que traduzi assim:

“Ela lhe disse:

        O amor é uma fantasia.

Ele lhe disse:

       Mas é uma fantasia exata.

A tecnologia, em todas sua variantes mais especialmente desde a aparição da eletrônica e mais tarde das redes sociais, tem experimentado um crescimento exponencial. Entretanto, a percepção que nós humanos temos de nosso entorno não cresce exponencialmente, porém acontece sempre em um mesmo ritmo, linearmente. Tal falta de conciliação entre ambos fenômenos indica, em primeiro lugar, que já faz muitos anos que o avanço tecnológico escapa a nossa apreensão do entorno – cada vez menos imediato e mais vasto – , e em segundo lugar que chegará um dia no qual o crescimento exponencial da tecnologia será tão ascendente que quase alcançará a linha vertical, quando então nem sequer poderemos detetar o que nos rodeia. Não haverá então percepção humana que possa assistir a tal mudança; o entorno tecnológico fugirá de nós, sem mais nem menos. Mas isto também indica que o amor – coisa que no ser humano aparece súbita e instantâneamente , e que portanto cresce de modo exponencial – será a única coisa que em sua fuga poderá acompanhar a tecnologia. Será então o amor a solitária testemunha que dará conta dos acontecimentos.  Não sera a “Internet das coisas” o que nos salvará da solidão individual, mas o amor das coisas. Pode ser inclusive que pelas leis elementais do contágio viral o amor se faça tecnologia, e vice-versa, a tecnologia adquira um halo de pulsão amorosa até agora somente possível nos ossos da coxas das fadas e nos solitários olhos dos cíclopes (Amor exponencial).”

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UMA TARDE NO BAIRRO DOS PEREIRAS (CÓRREGO DO BOM JESUS- MG)

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A GEOMETRIA DO CALOR

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ZONA TÓRRIDA

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WARD 8

Duas doses de bourbon

Meia dose de suco de limão siciliano

Meia dose de suco de laranja

2 colheres (chá) de grenadine

Bata tudo em uma coqueteleira com gelo e sirva em uma taça previamente gelada. Decore com uma cereja maraschino

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OUVINDO JOÃO GILBERTO E LANNY GORDIN TOCANDO JUNTOS NO ESPECIAL “CHEGA DE SAUDADES” NA TV TUPI EM 1971

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