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{ Monthly Archives } maio 2005

Citação do dia :

“SOMBRA

Si la muerte es final, total olvido,
el alma, en ese sueño no sentido,
nada es, pues no sabe que ha vivido;
nada, pues de sí misma está vacía.

O, acaso, sombra es de lo que ha sido,
y en vena vana hay eco de un latido
y oye caer en ilusorio oído
hojas secas de extinta melodía.

Sombra. Sombra de todo lo perdido,
reflejo que por siempre ha recogido
fugaz amor e instante de agonía,

y por siempre, en el Tiempo detenido,
sueña que es cierto su vivir mentido
porque espera la muerte todavía.”

( Enrique Banchs )

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VER-TE OLÍVIA EM ARANJUEZ

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Citação do dia :

“Ver a caligrafia de meu pai hoje cedo na contracapa de memórias de adriano, onde solenemente dizem que um médico nos vê como um amontoado de tinta sangue e linfa, mais ou menos isso, bom já era frio e ficou tudo gelado neste dia 25 de qualquer coisa. Mesmo sendo em números, sua letra, uma conta que chegaria a 6.700, depois de 15 anos dele morto. E olhar o céu escuro com densas nuvens em movimento. Era décimo terceiro andar. E depois de algum tempo recuperei eu mesma, no auge do intransigente ; procura, resgatei a custa de vento e estômago vazio, a minha letra, califônica às vezes de tanto jurar perdida, não sei de onde, não sei em que parte do espelho, onde eu já não me olhava mais.
Jurava com a categórica certeza dos cansados. Não tenho nada a dizer. Mas o céu de hoje em definitivo, não permite certezas. Alguns helicópteros parados esperam que o tempo melhore. Pra mim, está ótimo.”

( Suzana Cano )

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A nação de Pindorama perde outro membro ilustre : o Palhaço Arrelia … Uma parte significativa das minhas gargalhadas infantis foram obra da dupla Arrelia & Pimentinha … a única coisa que posso fazer , neste triste momento , é parafrasear Caetano Veloso e dizer : ARRELIA, ARRELIA !!!

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Hoje fiquei pensando na depressão dominical que acomete muitas pessoas por terem , no dia seguinte, mais uma vez iniciar uma semana de trabalho … talvez , por estar em férias , possa observar o fenômeno de uma maneira neutra . … Por fim , cheguei a conclusão de que , o que não deprime estas pobres almas não é só a árdua labuta, mas principalmente o fato de que todo o domingo fica a sensação que no dia seguinte teremos que vestir o “eu socialmente aceito” , para sobreviver na mediocridade do ambiente profissional … para amenizar este sofrimento aqui vai uma poesia de um precursor do pré-modernismo :

“CANÇÃO DE TODOS

Duas almas deves ter…
É um conselho dos mais sábios:
Uma, no fundo do Ser,
Outra, boiando nos lábios!

Uma, para os circunstantes,
Sôlta nas palavras nuas
Que inutilmente proferes,
Entre sorrisos e acenos:
(…)
Alma que se enche e transborda
Que não tem porquê nem quando,
Que não pensa e não recorda,
Não ama, não crê e não sente,
Mas vai vivendo e passando,
No turbilhão da corrente,
Través intrincadas teias,
Sem prazeres e sem mágoas,
Fugitiva como as águas,
Ingrata como as areias.

(…)
A outra alma, pérola rara
Dentro da concha tranqüila,
Profunda, eterna e tão cara
Que poucos podem possuí-la,
(…)

Alma profunda e sombria,
Que ao fechar-se em cada dia,
Sob o silêncio fecundo
Das horas graves e calmas,
Te ensina filosofia
Que descobriu pelo mundo,
Que aprendeu nas outras almas.

Duas almas tão diversas
Como o poente das auroras:
Uma, que passa nas horas;
Outra, que fica no tempo.”

( Raul de Leôni )

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O INFINITO AO SE DEFRONTAR COM O TEMPO E O ESPAÇO

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Ligo a TV : em um canal novela , em outro enlatado norte-americano , em outro Luciana Gimenez , – “Porém resta a TV Cultura.” , pensei … mas eis que estava passando “Silvia Popovic” … Então reparei que está tudo invertido …enquanto o Silvio Santos ( o dono do SBT ) vai ajudar a ampliar o Teatro Oficina do Zé Celso ( me desmintam , se eu estiver errado ) , a TV Educativa do Estado ( TV Cultura ) exibe um programa de auditório careta e desinteressante , quando deveria estar exibindo filmes de José Agripino de Paula ( e de outros cineastas experimentais ) , por exemplo …

DO AMOR EM REBELDIA

A carne está florindo sôbre os leitos.
Há sono, amor e morte se encontrando
Num longo abraço, e tudo mais é brando,
E tudo mais repousa nesses feitos.

De guerra e paz horizontal, de peitos
Túmidos de porvir e luz arfando
A treva. O mais é tempo se iniciando
Em destino de sóis insatisfeitos.

A carne está florindo, ressuscitam
Os do silêncio; solta-se o viver
Daquilo que será, dos que nos fitam.

E o verbo acontecido, o verbo imagem,
Fecunda na paixão de acontecer,
Amor em rebeldia de linguagem.

( Paulo Bomfim )

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ANDORINHA ANDALUZ

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Citação do dia :

“O artista, como já foi dito, cria novos olhares. O crítico, lunetas.”

( Eduardo Sued )

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