Já saiu a mais nova TUDA. Tem poesia de Arnaldo Xavier, e muitas outras coisas boas, mas o destaque é uma versão para a lingua inglesa da letra da canção “Márginália II” escrita por Torquato Neto e musicada por Gilberto Gil:
MARGINALIA II
I, Brazilian, confess
My fault, my sin
My desperate dream
My top-secret file
My afflictedness
I, Brazilian, confess
My fault, my exile
The everyday demagogy
Tropical melancholy
Dark loneliness
Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here, the Third World
Asks the blessing, pray the psalm
Among waterfalls, palm
Mango and banana trees
By the linnet’s singing
Here, my panic and glory
Here, my salvation and doom
I well know my history
It starts at the full moon
And it ends before the ending
Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world
My land has palm trees
Where the wind spells the breath
of hunger, fear and more
Especially death
Olele, Lala
The bomb explodes outside
And now, what I’ll fear?
Oh, oui, we have bananas
Even to give and sell
Olele, Lala
Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world
MARGINÁLIA II
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti
Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá
A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
até mesmo pra dar e vender
Olelê, lalá
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
(Torquato Neto – versão: Eduardo Miranda)
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