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{ Monthly Archives } abril 2008

Ontem, após comer um delicioso filé à saltimboca, fomos assistir Nido Vacio dirigido por Daniel Burman, que fez também “Abraço Partido”. Este filme deve estrear logo mais em Pindorama, é muito bom, pois possui um roteiro bem estruturado (baseado naqueles universos paralelos, muito presentes na obra de Borges), montagem dinâmica e boa trilha sonora …o melhor foi assistir a película em um cinema caido aos pedaços (Cine Lorca, Calle Corrientes 1428) sem aquelas frescuras das salas de exibiçao modernas.
Agora, após viajar em um ônibus onde servem jantar com vinho e espumante, cheguamos a Mendoza, donde só se avista a pré-cordilheira …

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Como vocês puderam ver pela última postagem, estamos em Buenos Aires, livres de algumas mazelas brasileiras como: o sensacionalismo da imprensa em torno do caso da menina atirada do apartamento, motoboys, torcedores de times que atiram spray de pimenta no vestiários de equipes adversárias, etc… É curioso como o povo aqui é mais magro do que em Pindorama, apesar deles quase nao(*) beberem refrigerantes diet nem tomarem cafés com adoçantes (deve ser porque tomam mais vinho do que cerveja e porque nao comem arroz). No mais, muitos malbecs, bifes de chorizo e refrigeranes de pomelo (grapefruit). Agora vamos ao cimena e a noite pego um ônibus para Mendoza ver a cordilheira …

(*) Aqui nao existe o acento “til” nos teclados, por isto vocês terao que se acostumar a ausência de tal acento nas próximas postagens.

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DICAS VARIADAS

EXPOSIÇÃO: Fui ver “As Coleções da Museu Nacional do Azulejo de Lisboa” que está no SESI do prédio da FIESP (Av. Paulista 1313) até 20 de julho. Lá todos poderão comprovar uma tese, com a qual que tentei obter uma bolsa em uma renomada fundação lusitana … de que há coincidências entre a azulejaria portuguesa e o neoplasticismo de Mondrian & Cia …

CINEMA: Vá assistir “Falsa Loura” o mais recente filme de Carlos Reichembach, só as interpretações da Rosanne Mulholland e da Djin Sganzerla já valem o ingresso, mas não é só isto, a película é bem montada, com uma utilização muito inteligente da fusão (quando duas imagens ficam meio transparentes e se fundem), e com um divertido uso dos clichês cinemátoráficos …
Veja aqui um bate papo do Reichembach com outro grande gênio do cinema brasileiro Andrea Tonacci que falou sobre seu belíssimo filme (que também está em cartaz) “Serras da Desordem”, outro filmaço que estreou agora …

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Citação do dia:

“A arte também é apenas uma maneira de viver. A gente pode preparar-se para ela sem o saber, vivendo de qualquer forma. Em tudo o que é verdadeiro, está-se mais perto dela do que nas falsas profissões meio-artísticas. Estas, dando a ilusão de uma proximidade da arte, praticamente negam e atacam a existência de qualquer arte. Assim o faz, mais ou menos todo o jornalismo, quase toda critica e três quartos daquilo que se chama e se quer chamar literatura.”

( Rainer Maria Rlke – tradução : Paulo Rónai )

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A BIBLIOTECA DE BABEL

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A CORTINA PARA A OUTRA DIMENSÃO

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A PERPLEXIDADE HUMANA EM MEIO AO ROLOS COMPRESSORES COTIDIANOS

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Existem escritores que falam de comida e bebida , e existem os que não falam … Uma carne assada com vinho é descrita minuciosamente em algum romance de Eça de Queiroz a receita da carne o tipo de vinho, a sobremesa, etc. … esta mesma refeição é descrita de outra forma, bem mais genérica em alguma obra de Machado de Assis.
Nas biografias é a mesma coisa. Li “Só numa multidão de amores” a biografia de Maysa de Lira Neto ( editora Globo ) a acho que ele joga no time do Machado, ou seja descreve os hábitos etílicos e alimentares de forma superficial . Não sabemos se a autora de “Ouça” bebia whisky puro, com gelo ou com club soda … nem o que ela comia , nem o que ela cozinhava …

Na biografia de Ary Barroso (escrita por Sergio Cabral – Lumiar Editora ) descobrimos que o autor de “Aquarela do Brasil” gostava de bebidas gasosas: gin-tônica à tarde, depois whisky com club-soda à noite e uma cerveja de madrugada, acompanhada sempre de um frango assado … Na biografia de Torquato Neto ( escrita por Toninho Vaz – Editora Casa Amarela ) descobrimos que o letrista da música “Geléia Geral” preparava uma farofa de ovo usando leite na mistura com farinha … Na biografia de James Joyce ( escrita por Richard Ellmann – Editora Globo ) descobrimos que o autor de “Ulisses” só bebia vinho branco e champagne, rejeitando os vinhos tintos ( detalhe: ele morou duas décadas em Paris, um paraíso para os apreciadores da bebida de baco ) … Na biografia da Antônio Maria escrita por Joaquim Ferreira dos Santos – Editora Relume Dumará descobrimos que o letrista de “Manhã de Carnaval” gosta de comer: o sanduíche de carne assada no Cervantes, ou o porco assado no restaurante Calypso, ou então o bacalhau ao Zé do Pipo no restaurante Corridinho.

Pois bem, mas não vamos depreciar a biografia de Maysa só por isto, existem outras biografias muito boas que li e que não primam pelo requinte gastronômico … apesar disto e de algumas pequenas incorreções (*) o livro de Lira Neto é muito bom, descreve com minúcia como cada album foi gravado ( quem fez os arranjos, como o repertório foi formado, etc.) revela trechos dos diários da cantora, o paradeiro dela no exterior, mostra a futilidade da imprensa , enfim é um retrato de uma artista trágica e atormentada em meio a emboabice de São Paulo e Rio, entre a década de cinquenta e a de setenta, enfim … Leiam !!!
Se quiserem ver a homenagem que eu fiz para Maysa vejam aqui e procurem pelo postado em 21 de Janeiro de 2007 .

(*) Por exemplo, no livro o filme “Matou a Família e Foi ao Cinema” é descrito como filmado por Rogério Sganzerla, quando na verdade foi realizado por Júlio Bressane.

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Citação do dia:

“Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas.”

( Rainer Maria Rilke – tradução: Paulo Rónai )

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