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{ Monthly Archives } maio 2005

A PALAVRA PERDIDA VAI AO GUICHÊ DE INFORMAÇÕES

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Hoje fez sessenta anos em que acabou um conflito , que muitos acreditam que foi um dos mais importantes da história .. mas no qual , morreram menos brasileiros do que na revolução de 1932 !!!

EX-LIBRIS DA TUGOSFERA

Continuo a corrente que vem lá de Portugal, com escala no blog do Jayme.

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser ?

Como sou artista plástico , opto pelo livro com as melhores ilustrações publicado nestas terras : “Martins 30 Anos” ( Editora Martins ) . Uma breve historia da editora homônima (criada por meu avô paterno ) com prefácio de Mário da Silva Brito , textos de Guilherme de Almeida , Mário de Andrade , Paulo Bonfim , José Geraldo Vieira , Graciliano Ramos , Lygia Fagundes Telles , Josué Montello , Oliveira Ribeiro Neto ( meu tio-avô por parte de mãe ) , etc , e ilustrações de Anita Malfatti , Aldemir Martins , Tarsila , José Washt Rodrigues , Frank Schaeffer , Anna Letycia , Glauco Rodrigues , Iberê Camargo , Maria Leontina , Darcy Penteado , Di Cavalcanti , Clóvis Graciano , Mário Cravo , Gomide , Santa Rosa , Noêmia , Guinard , Carlos Scliar , Carybé , Goeldi , Floriano Teixeira e Renina Katz .

Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por um personagem de ficção ?

Sim , por Dorotéia de “Dom Quixote” .

Qual foi o último livro que compraste ?

“Torquatália”, Vol.1 ( Do Lado de Dentro ) e Vol. 2 ( Geléia Geral ): copilação dos textos de Torquato Neto organizada por Paulo Roberto Pires ( Editora Rocco ) .

Qual o último livro que leste ?

“Torquatália” .

Que livro estás a ler ?

São dois :
O primeiro é “Finnegans Wake” de James Joyce com tradução e notas de Donaldo Schüler – Ateliê Editorial . Como literatura de apoio releio “Panaroma de Finnegans Wake” de Augusto e Haroldo de Campos ( Editora Perspectiva ) e também leio “Homem Comum Enfim” de Anthony Burgess com tradução de José Antonio Arantes ( Companhia das Letras ).
O segundo é “Pedra e Luz na Poesia de Dante” de Haroldo de Campos ( Editora Imago ) . Como literatura de apoio releio “A Divina Comédia” de Dante Alighieri.

Que livros (5) levaria para uma ilha deserta ?

“Dom Quixote” de Miguel de Cervantes .
“Ulisses” de James Joyce .
“A Divina Comédia” de Dante Alighieri .
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis .
“O Aleph” de Jorge Luís Borges .

A quem vais passar este testemunho (3 pessoas) e por que ?

Robertapela sensibilidade literária .
Alexandre pelo faro arquitetônico .
Pablo pelo humor apurado .

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ARQUITETURA DE INVENÇÃO

Aqui estão dois sites de grandes amigos meus , que realizam o que se poderia chamar de Arquitetura da Invenção (*)
Um é do Fernando Bottene que mostra a arquitetura da luz : leds e fibras óticas iluminando outras arquiteturas com uma luz ( semelhante àquela que Dante vislumbrou ao avistar o Paraíso ) que chega a nós em soluções viabilizadas pela tecnologia realizada com criatividade.
Outro é do Franco Nardini ( Javé ) : mostra suas residências , mesas e cadeiras em uma concepção estética que privilegia a leveza da forma através de um preciso conhecimento das características físicas dos materiais empregados . É uma pena que este site não mostre as esculturas dele . Qualquer dia publico alguma foto da exposição “Invencionáveis” , que fizemos em 1993 no SESC do Carmo .

(*) Este termo , que acabei de criar , é inspirado no título do filme “Arquitetura da Destruição” ( dirigido por Peter Cohen ) e no termo “Cinema de Invenção” criado por Torquato Neto em sua coluna “Geléia Geral” ( no jornal Última Hora ) para designar o dito Cinema Marginal. As obras dos supracitados arquitetos , obviamente não tem relação com a película , nem com a expressão criada por Torquato ( e utilizada pelo crítico de cinema Jairo Ferreira como título de seu brilhante livro) , porém creio que é válido poéticamente , pelo menos …

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O TEMPO É O TEMPERO DA TEMPESTADE

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ma non eran da ciò le proprie penne:
se non che la mia mente fu percossa
da un fulgore in che sua voglia venne.

A l’alta fantasia qui mancò possa;
ma già volgeva il mio disio e ’l velle,
sì come rota ch’igualmente è mossa,

l’amor che move il sole e l’altre stelle.

ao vôo do querer faltava-me asa
a mente então de súbito saciada
transluminou-se num fulgor de brasa.

a fantasia agora está calada
mas já renovo as forças, que a movê-las
vai a roda a girar sempreordenada,

do Amor que move os céus e move estrelas.

( Dante Alighieri – tradução : Haroldo de Campos )

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