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{ Tag Archives } literatura

EX-LIBRIS DA TUGOSFERA

Continuo a corrente que vem lá de Portugal, com escala no blog do Jayme.

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser ?

Como sou artista plástico , opto pelo livro com as melhores ilustrações publicado nestas terras : “Martins 30 Anos” ( Editora Martins ) . Uma breve historia da editora homônima (criada por meu avô paterno ) com prefácio de Mário da Silva Brito , textos de Guilherme de Almeida , Mário de Andrade , Paulo Bonfim , José Geraldo Vieira , Graciliano Ramos , Lygia Fagundes Telles , Josué Montello , Oliveira Ribeiro Neto ( meu tio-avô por parte de mãe ) , etc , e ilustrações de Anita Malfatti , Aldemir Martins , Tarsila , José Washt Rodrigues , Frank Schaeffer , Anna Letycia , Glauco Rodrigues , Iberê Camargo , Maria Leontina , Darcy Penteado , Di Cavalcanti , Clóvis Graciano , Mário Cravo , Gomide , Santa Rosa , Noêmia , Guinard , Carlos Scliar , Carybé , Goeldi , Floriano Teixeira e Renina Katz .

Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por um personagem de ficção ?

Sim , por Dorotéia de “Dom Quixote” .

Qual foi o último livro que compraste ?

“Torquatália”, Vol.1 ( Do Lado de Dentro ) e Vol. 2 ( Geléia Geral ): copilação dos textos de Torquato Neto organizada por Paulo Roberto Pires ( Editora Rocco ) .

Qual o último livro que leste ?

“Torquatália” .

Que livro estás a ler ?

São dois :
O primeiro é “Finnegans Wake” de James Joyce com tradução e notas de Donaldo Schüler – Ateliê Editorial . Como literatura de apoio releio “Panaroma de Finnegans Wake” de Augusto e Haroldo de Campos ( Editora Perspectiva ) e também leio “Homem Comum Enfim” de Anthony Burgess com tradução de José Antonio Arantes ( Companhia das Letras ).
O segundo é “Pedra e Luz na Poesia de Dante” de Haroldo de Campos ( Editora Imago ) . Como literatura de apoio releio “A Divina Comédia” de Dante Alighieri.

Que livros (5) levaria para uma ilha deserta ?

“Dom Quixote” de Miguel de Cervantes .
“Ulisses” de James Joyce .
“A Divina Comédia” de Dante Alighieri .
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis .
“O Aleph” de Jorge Luís Borges .

A quem vais passar este testemunho (3 pessoas) e por que ?

Robertapela sensibilidade literária .
Alexandre pelo faro arquitetônico .
Pablo pelo humor apurado .

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ma non eran da ciò le proprie penne:
se non che la mia mente fu percossa
da un fulgore in che sua voglia venne.

A l’alta fantasia qui mancò possa;
ma già volgeva il mio disio e ’l velle,
sì come rota ch’igualmente è mossa,

l’amor che move il sole e l’altre stelle.

ao vôo do querer faltava-me asa
a mente então de súbito saciada
transluminou-se num fulgor de brasa.

a fantasia agora está calada
mas já renovo as forças, que a movê-las
vai a roda a girar sempreordenada,

do Amor que move os céus e move estrelas.

( Dante Alighieri – tradução : Haroldo de Campos )

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Ontem , enquanto tomava o café após o almoço , com meus companheiros de trabalho , li em um jornal que Augusto Roa Bastos faleceu … fiquei em silêncio , não adiantava comentar , pois com certeza , o pessoal não sabe quem foi o ilustre escritor paraguaio … Provavelmente nunca venham a saber … mas isto não importa …
Realmente , o Paraguai acaba de perder um dos últimos resquicios do que se chama “Civilização” … como disse o amigo Sillas : – “Chora a nação guarani.”
Hoje , no almoço , não irei repetir este comentário , porque senão corro o risco de ouvir : – “Mas o Bugre perdeu para a Ponte Preta ???”

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Citação do dia :

“tudo tem limite. ofensas, tripudiações, inconsequência. a solidão. o silêncio.
brotar é ficar só. chove em cima dos carros. os homens entornam líquido,
sangram futebol e nelson rodrigues. penso em meu colchão pseudobom com seu
plástico. os 8 ou 9 ou 300 livros em caixas de papelão. uns trechos de
romance em cadernos baratos. poemas em agendas vencidas, agendas que nunca
marcaram um compromisso.
na poluição. morrer é mais prático. tento um treco árduo, mas só vejo tênis,
sapatos , lixeiras, guardanapos embolados neste chão branco ou quase cinza,
dissimula muito bem a neutra função do efeito granito-charco, digo, sujeira
de cinzas, ciscos de matisse, oferendas em forma de cascalhos, de pollock
para baco. on line. vejo as bases das banquetas pretas e numa meia branca calçada num pé triste está escrito wilson.
e todas as estampas, ridículas das camisetas dos homens, porque me sento
sempre de frente para as costas de todos. mas está quente, é a rua augusta,
existe algum amparo em todos estes movimentos. me distraio rasante no chão,
porque minha cabeça é baixa”

( Suzana Cano )

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Citação do dia :

SUSANA BOMBAL

Alta en la tarde, altiva y alabada,
cruza el casto jardín y está en la exacta
luz del instante irreversible y puro
que nos da este jardín y la alta imagen
silenciosa. La veo aquí y ahora,
pero también la veo en un antiguo
crepúsculo de Ur de los Caldeos
o descendiendo por las lentas gradas
de un templo, que es innumerable polvo
del planeta y que fue piedra y soberbia,
o descifrando el mágico alfabeto
de las estrellas de otras latitudes
o aspirando una rosa en Inglaterra.
Está donde haya música, en el leve
azul, en el hexámetro del griego,
en nuestras soledades que la buscan,
en el espejo de agua de la fuente,
en el mármol de tiempo, en una espada,
en la serenidad de una terraza
que divisa ponientes y jardines.

Y detrás de los mitos y las máscaras,
el alma, que está sola. (*)

(*)
SUSANA BOMBAL

Alta na tarde, altiva e louvada,
Cruza o casto jardim e está na exata
Luz do instante irreversível e puro
Que nos dá este jardim e a alta imagem,
Silenciosa. Vejo-a aqui, nesta hora,
Mas também a diviso num antigo
Fulgor crepuscular da Ur dos Caldeus,
Ou então descendo a lenta escadaria
De um templo, que é inumerável pó
Do planeta e que foi pedra e soberba,
Ou decifrando o mágico alfabeto
Das estrelas de outras latitudes,
Ou aspirando uma rosa na Inglaterra.
Está onde houver música, no leve
Azul, e no hexâmetro do grego,
Em nossas solidões que a procuram,
No liso espelho de água de uma fonte,
No mármore do tempo, numa espada,
Nessa serenidade do terraço
Que divisa poentes e jardins.

E por detrás dos mitos e das máscaras,
A alma que está só.

( Jorge Luís Borges – tradução : Josely Vianna Baptista )

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Há exatamente cem anos ocorreu o primeiro encontro de um casal formado por um cidadão de Dublin , James Joyce , com uma garota de Galway , Nora Barnacle … Anos depois Joyce homenageou a data escrevendo um romance sobre um cidadão comum chamado Leopold Bloom , no qual toda a estória se passava em 16 de junho de 1904 : “Ulisses” … a partir daí estava criado o “Bloomsday”.

AS MARGENS DO RIO LIFFEY

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riverrun, past Eve and Adam’s, from swerve of shore to bend of bay, bring us by a commodius vicus of recirculation back to Howth Castle ans Environs.

( James Joyce ) (*) (**)

riocorrente, depois de Eva e Adão, do desvio da praia à dobra da baía, devolve-nos por um commodius vicus de recirculação devolta a Howth Castle Ecercanias.

( tradução : Augusto de Campos )

rolarrioanna e passa por Nossenhora d”Ohmem’s, roçando a praia, beirando ABahia, reconduz-nos por cominhos recorrentes de Vico ao de Howth Castelo Earredores.

( tradução : Donaldo Schüler)

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Homenagem aos personagens femininos de Machado de Assis !!!

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