Citação do dia :
“O chefe da horda só é dono de tudo na ótica limitada de seus subordinados.”
( Donaldo Schüler )
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ANTIMÉTODO 2
Pouco a pouco
Embaralho tudo e nada
Sou meu próprio
Espantalho
Fujo
De mim mesmo
Finjo-me
Da minha própria
Esfinge
Perdido em meu próprio
Labirinto
Sou o que sou
Ou minto? Será isso
Uma regra secreta?
( Sebastião Uchoa Leite )
Also tagged literaturaCitação do dia :
NOTURNO
(…)
Ven a escuchar, amor mio,
El silêncio melodioso
Que profundiza el reposo
Palpitado de rocío.
Lenta, lenta, pasa la hora,
Adomeciendo callada
Tu cabeza reclinada
Sobre el pecho que te adora.
Y la dulce soledad
Suspende nuestro destino,
En un éxtasis divino
De luna y eternidad.
( Leopoldo Lugones )
Also tagged literaturaCitação do dia :
“SOMBRA
Si la muerte es final, total olvido,
el alma, en ese sueño no sentido,
nada es, pues no sabe que ha vivido;
nada, pues de sí misma está vacía.
O, acaso, sombra es de lo que ha sido,
y en vena vana hay eco de un latido
y oye caer en ilusorio oído
hojas secas de extinta melodía.
Sombra. Sombra de todo lo perdido,
reflejo que por siempre ha recogido
fugaz amor e instante de agonía,
y por siempre, en el Tiempo detenido,
sueña que es cierto su vivir mentido
porque espera la muerte todavía.”
( Enrique Banchs )
Also taggedCitação do dia :
“Ver a caligrafia de meu pai hoje cedo na contracapa de memórias de adriano, onde solenemente dizem que um médico nos vê como um amontoado de tinta sangue e linfa, mais ou menos isso, bom já era frio e ficou tudo gelado neste dia 25 de qualquer coisa. Mesmo sendo em números, sua letra, uma conta que chegaria a 6.700, depois de 15 anos dele morto. E olhar o céu escuro com densas nuvens em movimento. Era décimo terceiro andar. E depois de algum tempo recuperei eu mesma, no auge do intransigente ; procura, resgatei a custa de vento e estômago vazio, a minha letra, califônica às vezes de tanto jurar perdida, não sei de onde, não sei em que parte do espelho, onde eu já não me olhava mais.
Jurava com a categórica certeza dos cansados. Não tenho nada a dizer. Mas o céu de hoje em definitivo, não permite certezas. Alguns helicópteros parados esperam que o tempo melhore. Pra mim, está ótimo.”
( Suzana Cano )
Also tagged literaturaDO AMOR EM REBELDIA
A carne está florindo sôbre os leitos.
Há sono, amor e morte se encontrando
Num longo abraço, e tudo mais é brando,
E tudo mais repousa nesses feitos.
De guerra e paz horizontal, de peitos
Túmidos de porvir e luz arfando
A treva. O mais é tempo se iniciando
Em destino de sóis insatisfeitos.
A carne está florindo, ressuscitam
Os do silêncio; solta-se o viver
Daquilo que será, dos que nos fitam.
E o verbo acontecido, o verbo imagem,
Fecunda na paixão de acontecer,
Amor em rebeldia de linguagem.
( Paulo Bomfim )
Also tagged literaturaCitação do dia :
“O artista, como já foi dito, cria novos olhares. O crítico, lunetas.”
( Eduardo Sued )
Also tagged artes plásticasCitação do dia :
“tudo tem limite. ofensas, tripudiações, inconsequência. a solidão. o silêncio.
brotar é ficar só. chove em cima dos carros. os homens entornam líquido,
sangram futebol e nelson rodrigues. penso em meu colchão pseudobom com seu
plástico. os 8 ou 9 ou 300 livros em caixas de papelão. uns trechos de
romance em cadernos baratos. poemas em agendas vencidas, agendas que nunca
marcaram um compromisso.
na poluição. morrer é mais prático. tento um treco árduo, mas só vejo tênis,
sapatos , lixeiras, guardanapos embolados neste chão branco ou quase cinza,
dissimula muito bem a neutra função do efeito granito-charco, digo, sujeira
de cinzas, ciscos de matisse, oferendas em forma de cascalhos, de pollock
para baco. on line. vejo as bases das banquetas pretas e numa meia branca calçada num pé triste está escrito wilson.
e todas as estampas, ridículas das camisetas dos homens, porque me sento
sempre de frente para as costas de todos. mas está quente, é a rua augusta,
existe algum amparo em todos estes movimentos. me distraio rasante no chão,
porque minha cabeça é baixa”
( Suzana Cano )
Also tagged literaturaCitação do dia :
“Quatro paredes caiadas
Um cheirinho de alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Quatro rosas no jardim
Um São José de azulejos
Mais o sol da primavera
Uma promessa de beijos
Dois braços a minha espera”
( fragmento da canção UMA CASA PORTUGUESA de Artur Fonseca / R. Ferreira e V. Matos )
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