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UM BOCADO DE BOCAS ABRINDO E FECHANDO SEM NINGUÉM PARA DUBLAR

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ON THE SUNNY SIDE OF STREET

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Que o espírito da ressurreição resplandeça sobre todos!

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CORPSE REVIVER 2, um coquetel propício para a Páscoa

Meia dose de gin

Meia dose de suco de limão siciliano

Meia dose de Cointreau

Meia dose de Lilllet Blanc

3 gotas de absinto

Bata na coqueteleira com gelo e coe para uma taça coupé gelada. Finalize com um twist de limão siciliano.

Na receita original tem meia dose de xarope de açúcar, que eu suprimi.

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DISCURSO DA SERVIDÃO VOLUNTÁRIA – Étienne de La Boétie – Tradução: Casemiro Linarth – Editora Martin Claret

Foi graças a Michel de Montaigne que a obra de seu amigo Étienne de La Boétie chegou a posteridade, pois este, antes de morrer aos 32 anos em 1563, deixara com Montaigne todos os seus escritos, que nunca haviam publicados.

Curiosamente quando o filósofo francês resolveu publicar os textos de seu amigo, dezessete anos após a sua morte, deixou “O Discursso de Servidão Voluntária” de fora, pois o clima político estava muito pesado no reinado de Carlos IX e também porque os huguenotes (protestantes franceses) já tinham posto o texto para circular na clandestinidade, uma vez que havia sido publicado em 1576  na cidade de Genebra e também em 1577, em Middelburg (Holanda). 

Lendo o título, já nos deparamos com o paradoxo: como um conceito que remete a escravidão, pode ser associada a um conceito que remete a liberdade? Como a servidão, pode ser voluntária?

Étienne de La Boétie explica que só com a coni-convivência das pessoas que gozam os favores do tirano, é possivel a tirania se manter em pé, e prega a resistência sem violência através da desobediência civil. 

Existem dois textos curtos, complementares,  que se a maior parte da população pessoas tivesse lido, provavelmente o mundo seria menos opressivo: um é um livro de Herman Melville sobre um sujeito que diz “prefiro não fazer”, outro é “O Discursso de Servidão Voluntária”.

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A FAMA, ESTE REFLEXO DOS REFLEXOS DO SONHO DE OUTRO ESPELHO

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A POESIA CONCRETA DE MÁRIO DA SILVA BRITO

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PERHAPPINESS

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REI LEAR – William Shakespeare – Editora 34 – Tradução: Rodrigo Lacerda

Glauber Rocha dizia que o teatro grego é a Memória da Grécia, o de Shakespeare a Memória do Mundo… Harold Bloom afirma que uma boa parte do que vemos hoje como a personalidade humana é uma invenção ou reinvenção shakespeariana (*)… embora já tendo lido alguns clássicos, li somente umas cinco peças de Shakespeare, e uma das minhas metas como leitor é ler aos poucos grande parte da obra do bardo inglês… para tal, resolvi agora ler Rei Lear.

Nesta tragédia, um velho rei decide repartir seu reino pelas três filhas e prepara uma cerimônia para que as três filhas o elogiassem na frente de toda a corte. A filha maior velha e a do meio fazem o discurso tradicional enaltecendo o pai, porém a caçula e preferida do rei, diz que nada tem a declarar pois o amor que ela tem ao pai já basta… O rei Lear fica furioso, a deserda e expulsa-a da Inglaterra… Decide repartir o reino entre as duas filhas e morar parte do tempo com uma, parte do tempo com outra, com sua pequena corte de cem pessoas…

Após uma série de desavenças, ele perde sua corte e é expulso pelas filhas em meio a uma tempestade, tendo só por compania o bobo da corte… Então se dá, uma das cenas mais contundentes da literatura (Cena 2 do Ato III) quando Lear ensandecido em meio a tempestade clama para que os ventos, raios, cataratas, furacões  e labaredas, destruam, inundem e queimem toda a humanidade…

Observando estas tempestades que estão a assolar nestes dias o litoral norte de São Paulo, a própia capital, bem como os desatres naturais que assolam nestes últimos tempos a maior parte do planeta, eu me pergunto:

Será que como o Rei Lear, o ser humano não largou o governo de si mesmo, deixando-o para as suas criações? Será que não estamos trabalhando mais e mais para produzir mais e mais objetos? Será que quando alguém se sacrifica muito para obter algum bem, ele fica dono deste bem? Ou o bem fica dono dele? Será que com a escrita artificial não estaremos abrindo mão de nossa capacidade cognitiva, uma vez que o pensamento é (ou deveria ser) estruturado pela escrita?

Será que o ser humano percebeu que abriu mão de sua capacidade de governar o mundo, transferindo-o aos objetos, e arrependido, inconscientemente clama para que a natureza destrua tudo?

Talvez esta interpretação seja um tanto quanto rasa.. Talvez o Chatgpt produza algo muito melhor… mas o importante não é isso… 

O importante é ler mais Shakespeare… pelo menos nosso raciocínio melhora e na hora da hetacombe estaremos lendo algo decente…

Ops! Já ia esquecendo… tenho também que elogiar esta edição bilígue muito bem traduzida e com um excelente posfácio do próprio Rodrigo Lacerda.

(*) Shakespeare: A Invenção do Humano – Harold Bloom – Tradução: José Roberto O´

Shea – Ainda não li este livro, confesso que ainda me falta bagagem, preciso ler mais peças do Shakespeare, preciso ler Geoffrey Chaucer também, para ver se Erza Pound tinha razão ao dizer que a obra deste era mais universal do que daquele, mas cada coisa no seu tempo…

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OUVINDO “COLCHA DE RETALHOS” NA VOZ DE ANÍSIO SILVA

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