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{ Monthly Archives } fevereiro 2008

Ontem ao assistir o embate heróico do tricolor paulista em campos colombianos, fiquei estarrecido ao ver a união do lixo com o entulho : vou explicar, a fim de alavancar a audiência do Big Brother a Globo colocou o grão-mala Galvão Bueno fazendo uma linha direta com aquele spa de emboabas … nada mais grotesco … aliás, só nesta terra de ágrafos & afásicos um programa como este pode demorar tanto para perder a audiência !!!

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DEVANEIO MARÍTIMO

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UN CORDERO RABIOSAMENTE URUGUAYO

Um tempero clássico usado nas Bandas Orientais ( Uruguai ) é o “Adobo” uma marinada com páprica, pimentão, alho, cebola, tomilho, azeite, vinho e água. Pois bem, batemos tudo isto no liqüidificador e deixamos uma peça de costeleta de cordeiro ( também uruguaia ) dormir em uma banheira, quero dizer travessa, de um dia para o outro… Depois foi só colocar no forno em uma assadeira com cubinhos de bacon … Para acompanhar , um molho de hortelã, vinagre, azeite e um pouquinho de açúcar, e também batatas assadas com dentes de alho (com casca) e alecrim … Para beber, como me aconselha minha mãe: “o mesmo vinho no qual a carne foi marinada”, no caso um vinho ( mais uma vez uruguaio ) Tannat …

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CREPÚSCULO DOS DEUSES

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ACROBACIAS COTIDIANAS

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ÚMIDOS SONHOS FLUVIAIS

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Citação do dia :

“Sim, muita é a vez que, depois dos mais severos e ininterruptos trabalhos que não conhecem noite, varando por noventa e seis horas; quando só saem do bote, onde incharam os pulsos de remar todo o dia no equador, e ganham o convés para carregar vastas correntes e mourejar no pesado cabrestante, e talhar e cortar, sim, e para ser, em seus proprios suores, enfumaçados e queimados de novo pelos ardores conjugados do sol equatorial e do forno também equatorial; quando, na cola de tudo isso, se moveram para limpar o navio e deixá-lo alvo como uma leiteria, muita é a vez que os pobres marinheiros, a abotoar a gola da blusa, são alertados com o grito de “Lá esguicha ela!” e voam para atacar outra baleia, e passam cansativamente por tudo aquilo de novo. Oh! Meus amigos, mas isto é matar um homem! E todavia esta é a vida. Pois bem nós, mortais, com longas labutas extraímos do vasto corpo do mundo seu escasso mas valioso espermacete; nem bem, com fatigada paciência, nos limpamos das sujeiras deste mesmo mundo, e aprendemos a viver aqui, nos puros tabernáculos da alma, nem bem fazemos isso, quando -“Lá esguicha ela!”- jorra a alma, e lá velejamos outro mundo e atravessar de novo a velha rotina da vida jovem.”

( Herman Melville – tradução : Péricles Eugênio da Silva Ramos )

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TANGOS NA TARDE QUENTE E ÚMIDA DA DUBLIN DO SUL

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Em 1962 a livraria da família ( Livraria Martins Editora ) publicou um livro, “Deus da Chuva e da Morte”, de um então jovem escritor e músico : Jorge Mautner … é curioso que a heroína do livro é a cantora Maysa transformada em personagem ( porém grafada com a letra “i” ao invés da letra “y” ), leiam um pedaço :

“Maisa os deuses são teus irmãos e a tua tristeza é a mistura da agonia do ser humano do mundo inteiro e a loucura da mudança de cores que tem o nosso céu: a chuva e o sol repentinos, nosso povo incompleto ainda não formado, imperfeito e por isso grande! Nossa indecisão, nossos complexos, nosso balançar entre a superficialidade e o profundo e isso é profundo. Maisa você nasceu no mesmo ambiente que eu. Nós somos aristocratas idiotas de emoções refinadas com a desistência de tudo gravada em nossa carne pálida. Você freqüentou o mar elegante daquela praia linda e idiota que você sabe qual é. Depois andou de carro, fumou cigarro americano, teve dinheiro, tocou violão, o mar cinzento, a rua asfaltada, o bairro bonito das árvores verdes cheio de gente idiota. E que remédio?- Nós tinhamos que ficar assim e é glorioso ser assim, é vida é tragédia, sou eu!”

( Jorge Mautner )

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UMA PAUSA EM MEIO A AGITAÇÃO DE FREVOS TERRÍVEIS

( Notem que é o mesmo desenho que postei ontem, só que com outras cores e sem efeitos especiais )

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