MAIS UM TRIBUTO À MAYSA

Neste período em que nossa audição é bombardeada pelos irritantes jingles natalinos , convém evitar o rádio e a tv … e aproveitar o tempo para ler … logo que acabar a biografia de James Joyce ( com mais de 900 páginas ) escrita por Richard Ellmann , pretendo ler alguns clássicos : “A Odisséia” , “Dom Quixote” e a “Divina Comédia” …

Aproveite , senão você pode correr o risco de virar um “Costa-e-Silva” , que segundo o livro de Hélio Gaspari ; no período que foi presidente , se orgulhava de não ler nada há vinte anos e só fazer palavras cruzadas : deu no que deu …

Citação do dia :

A mulher mente brincando

E às vezes brinca mentindo

Quando ri está chorando

E quando chora está sorrindo .”

( Noel Rosa )

Citação do dia :

“A felicidade é uma condição imaginária que , antigamente , os mortos costumavam atribuir aos vivos , e que , hoje , é normalmente atribuída pelos adultos às crianças e pelas crianças aos adultos .”

( Thomaz Szasz )

Citação do dia :

“longe de tudo q era meu sinto o coração, embora puro descuido intenso

trejeito, pragmático ainda coitado. vontade de estar viva quero mais não, é

tudo metade é tudo sangue é tudo vambora. agora não acerto mais e mesmo q

afrontasse a empertigada indecisão do não, o mundo me viria concreto ou

abstrato ou uniforme… me viria este meu lapso ou qualquer grande descoberta

para dizer o novo não… o novo ainda assim tão esperto tão adjetivo tão

cobrefaces, me faria um denso e escuro retirar-se. me vestiria de dedos e

lábios e assombraria a estóica confissão de adiante. o meu viço não. te nego,

ele se retira incompleto em plena fadiga, ao léu do meu karma, e eu diria não.

diria sinto, muito.diria, a gente se fala. diria tudo q quero está muito

longe. deste meu suposto mundo alto, desta quebradeira q faço e espero aqui

menino, vendo a tv ligada meus hematomas as unhas sujas. extremo bom gosto, o

senso de esperar algum conto de fadas azuis e claras numimundomundo de

competições e explícitas controversas, numa função pessimista. tchau meu azul

mundo de emblemas, histórias tal contadas . sem digestão. sem um leve. tramas

boas. sobram as agressões as ingratidões as progressões aritméticas. o doce

correto o não medo do turvo. explícita incoereência e o meu deus, mudo.”

( Suzana Cano )