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Citação do dia :
“Acabou-se, então, a minha poesia. Posso ter tido humor, coragem, densidade, altruísmo. Poesia, nunca mais. Aquele íntimo convencimento de saber e poder. Aquela capacidade de possuir, de legar, de transferir, de esquecer, de lembrar, de prever, de mutiplicar, de dividir…Aquela segurança de (numa só palavra) “criar’, isto, que é a Poesia, nunca mais. Para sempre, seja bem ou mal, mau ou bom, nunca mais.
Recolhido ao seu quarto, enchendo laudas imensas de papel-trabalho, sem zelo de si e de ninguém , aflitivamente de óculos, resta um homem que, sem se desincumbir , rompeu os graves compromissos com e da poesia. Um homem mais forte e mais livre. Indiscutivelmente melhor.”
( Antônio Maria )
Citação do dia :
“Assim como a forma corporal bela é visível com mais facilidade sob a vestimenta leve, ou, do modo mais vantajoso, despida, e uma pessoa bela, se provida de bom gosto, e por este pudesse se orientar, deveria andar quase nua, vestida apenas à maneira dos antigos; assim também todo espírito belo e bem dotado se expressará sempre do modo mais natural, simples e direto, procurando sempre que possível comunicar seus pensamentos a outros, diminuindo assim a solidão a que é obrigado neste mundo; por outro lado, contudo, pobreza de espírito, confusão e extravagância se revestirão com os termos mais rebuscados e as expressões mais confusas, para assim mascarar em frases difíceis e pomposas pensamentos mesquinhos, infímos, banais ou cotidianos, como aquele que, desprovido da majestadade da beleza, pretende substituir esta carência por meio da vestimenta, e procura ocultar a insignificância ou feiúra de sua pessoa sob bárbaros ornamentos, lantejoulas, penachos babados, peles e mantos. Embaraço idêntico ao sentido por este, quando obrigado a andar nu, sentiria muito autor, se obrigado a traduzir seu livro pomposo e obscuro ao seu claro e reduzido conteúdo.”
( Arthur Schopenhauer – tradução : Wolfgang Leo Maar )
DUAS CANÇÕES DE DOMINGO
DOMINGOU
Da janela a cidade se ilumina
Como nunca jamais se iluminou
São três horas da tarde, é domingo
Na cidade, no Cristo Redentor – ê, ê
É domingo no trolley que passa – ê, ê
É domingo na moça e na praça – ê, ê
É domingo, ê, ê, domingou, meu amor
Hoje é dia de feira, é domingo
Quanto custa hoje em dia o feijão
São três horas da tarde, é domingo
Em Ipanema e no meu coração – ê, ê
É domingo no Vietnã – ê, ê
Na Austrália, em Itapoã – ê, ê
É domingo, ê, ê, domingou, meu amor
Quem tiver coração mais aflito
Quem quiser encontrar seu amor
Dê uma volta na praça do Lido
O-skindô, o-skindô, o-skindô-lelê
Quem quiser procurar residência
Quem está noivo e já pensa em casar
Pode olhar o jornal, paciência
Tra-lá-lá, tra-lá-lá, ê, ê
O jornal de manhã chega cedo
Mas não traz o que eu quero saber
As notícias que leio conheço
Já sabia antes mesmo de ler – ê, ê
Qual o filme que você quer ver – ê, ê
Que saudade, preciso esquecer – ê, ê
É domingo, ê, ê, domingou, meu amor
Olha a rua, meu bem, meu benzinho
Tanta gente que vai e que vem
São três horas da tarde, é domingo
Vamos dar um passeio também – ê, ê
O bondinho viaja tão lento – ê, ê
Olha o tempo passando, olha o tempo – ê, ê
É domingo, outra vez domingou, meu amor
( Gilberto Gil e Torquato Neto )
PORQUE HOJE É DOMINGO
Ei você do jeito triste
faz de conta que mudou
A alegria ainda existe
porque hoje é domingo e já raiou
Ei voce do terno escuro
quanto tempo trabalhou
pense menos no futuro
porque hoje é domingo e já raiou
E a moça arranjou um namorado
e a roça se abriu sorriu pro ar
e a banda tocou mais um dobrado
e é tanto biquini a beira mar
E o homem flutua pelo espaço
e a escola de samba desfilou
Chorou no riso do palhaço
porque hoje é domingo e já raiou
E meu povo o tempo avança
e a semana terminou
Riso solto e pé na dança
porque hoje é domingo e já raiou !
( Antônio Adolfo e Tibério Gaspar )
JOSÉ GERALDO EM RITMO DE AVENTURA
No final de semana passado , visitei duas exposições e fui em duas festas realizadas em residências de pintores . Bom , vamos por partes … Para começar visitei “O Retorno dos Gigantes” no MAM ( Parque do Ibirapuera ) … quase que não fui nesta mostra … é que eu não simapatizo com a vertente neo-expressionista …mas dentre engôdos & enganações ( em menor número do que esperava ) surgem pintores como Antonius Höckelmann , cujo traço em carvão expressivamente conciso , me remete às criações de Flávio P. T. Carvalho ( não confundir com o famoso Flávio de Carvalho ) ; Helmut Middendorf com “Eletric Night” ( dispersão sobre tela ) em que o pintor compensa a imperfeição da forma com uma escolha de cores brilhante ( procedimento também utilizado em “Postdamer Strasse”de Karl Horst Hödicke ) … é como um cantor que mesmo não tendo uma voz potente , escolhe um repertório decente … Gostei também da pintura de Rainer Fetting “Van Gogh o Retorno dos Gigantes” em que a expressão acentuadamente e expressivamente maligna dos rostos me lembrou a fase antiga de um certo pintor denominado Fábio Casarini … Destaque também para as aquarelas de Walter Dahn ( desenhos dourados ) . Saindo do MAM , dirigi-me à OCA para apreciar a exposicão “Art Revolution : A Bigger Splash” …
Com exeção a Turner e William Blake ( o último aliás , é o único integrante da História da Arte e também da História da Literatura ) , a ilha não possui pintores geniais tal qual o país da paella , a pátria do cassoulet ou a nação da lasanha … mesmo se analisarmos somente no âmbito da arte moderna , aquele pedaço de terra cercado por um mar de gin , não produziu um movimento como o construtivismo russo , o expressionismo abstrato norte-americano , o surrealismo ou o dadaísmo europeu … produziu pop-art , mas este não é um movimento tipicamente inglês , os yankees fizeram um pop-art mais consistente e mesmo o pop-art do país da feijoada é melhor … as obras de Gerchman , Tozzi e a fase de quadros de futebol de Maurício Nogueira Lima (*) , são um exemplo …
Porém tem muita coisa boa e não é a toa que Londres foi a metrópole cultural no final dos anos sessenta , basta recordar que Jimi Hendrix só fez sucesso quando saiu da nação da bandeira com listras e estrelas ( ou do estandarte estrelistrado ) …
Um fato paradoxal é que , embora não aprecie a arte conceitual , a obra que mais me encantou na oca foi “The Great Bear” ( A Ursa Maior ) de Simon Patterson : uma mapa do metrô de Londres em que os nomes das linhas foram substituídas por grupos de pessoas que desempenharam funções semelhantes , enquanto que , o nomes das estações foram substituídas por nome de pessoas famosas que pertenceram aos retro-mencionados grupos ; assim há : 1- Linha dos engenheiros ( estações : Ford , Robert Stephenson , etc . ) , 2 – Linha dos Luíses ( estações : Luís V , Luís VI , etc. ) , 3 – Linha dos Exploradores ( estações : Cabral , Odisseu ,Vasco da Gama , Captain Cook , Jacques Costeau , etc. ) , 4 – Linha dos Planetas ( estações : Mercúrio , Vênus , Marte , etc. ) , 5 – Linha dos Jornalistas ( estações com pessoas com nomes que não conheço ), 6 – Linha dos Futebolistas ( estações : Pelé , Maradona , Gordon Banks , Paul Gascoigne , etc. ) , 7 – Linha dos Músicos( estações : Vivaldi , Handel , etc. ) , 8 – Linha dos Atores ( estações : Walter Huston , John Huston , Angélica Huston , Jean Harlow, etc. ) , 9 – Linha dos Santos ( estações : São João , São Jorge , etc. ) , 10 – Linha dos Pintores Italianos ( estações : Ticiano , Piero de La Francesca , etc. ) , 11 – Linha dos Políticos Chineses ( estações : Li Xiannian , Mao Tse-Tung , etc. ) e 12 – Linha dos Comediantes ( estações : Jaques Tati , Buster Keaton, etc. ) …
Há também a brincadeira de Damien Hirst que reproduz embalagens de remédio em maior escala , só que com títulos de pratos do cardápio inglês como ; “Cornish Pasty” ou “Corned Beef” , fazendo uma espirituosa relação entre os conceitos de doença e de alimentação … E ainda as fotos de placas evocando heróis esquecidos de Susan Hiller ( pessoas que faleceram salvando criancinhas de um incêndio ou de um afogamento , em mil oitocentos e tanto )
Gostei também daquela litografia entitulada “Swingeing London 67” de Richard Hamilton , que mostra uma leitura pop da manchete de jornal que anuncia a prisão de um Rolling Stone ; da pintura vermelha praticamente monocromática de John Hoyland ; daquela pintura que mostra uma cabeça de touro empalhada em uma sala vazia com uma mesa sobre a qual repousa uma garrafa com um limão no gargalo cujo título é “Hemingway Never Ate Here” e finalmente declaro que até gostei de “A Bigger Splash” de David Hockney , embora confesse que nesta célebre tela , os elementos arquitetônicos me emocinam mais do que os pictóricos …
Não bastasse tudo isto , ainda vi no próprio atelier as mais novas aquarelas de Dudi Maia Rosa ( em uma pizzada no sábado ) e os mais recentes gouaches de Flávio P. T. Carvalho ( novamente não confundir com o famoso Flávio de Carvalho ) em um churrasco no domingo …
Amanhã se inicia mais outro fim-de-semana … e vamo-que-vamo !!!
(*) No acervo da Pinacoteca do Estado ( andar superior ) , há um raro exemplar desta fase , que sempre me fascina …
Hoje conversei no telefone com o amigo e escritor Arnaldo Xavier , que volta a ativa depois de um período de convalescença … que Deus o ilumine ( com luz negra , é claro )
… Aqui vai um pequeno fragmento de um poema seu :
“MAS o Cruzeiro do Sul se ajoelha e bebe cinzas no Rio Prata Quentes ventos azeviches Amargas vontades Tristes trapos de Nietzsche Espelhos laicos espatifados Comidas melancólicas Iconoclasta desempregado de olhos fechados mascare A sua foice vermelho-amarela A sua colher murcha de mármore O seu barco causuístico coberto de moscas e estrelas Quando perfumado o sOl se esfarela Se pela manhã plantava nos ninhos muralhas À tarde tecia o desmanche das muralhas E à noite colhia os tijolos e os logos das muralhas”
( Arnaldo Xavier )
Citação do dia :
“Then Nuvoleta reflected for the last time in her little long life and she made up all her myriads of drifting minds in one. She cancelled all her engauzements. She climbed over the bannistars; she gave a childy cloudy cry: Nuée Nuée! A lightdress fluttered. She was gone. And into the river that had been a stream (for a thousand of tears had gone eon her and come on her and she was stout and struck on dancing and her muddied name was Missisliffi) there fell a tear, a singult tear, the loveliest of all tears (I mean for those crylove fables fans who are ‘keen’ on the prettypretty commonface sort of thing you meet by hopeharrods) for it was a leaptear. But the river tripped on her by and by, lapping as though her heart was brook: Why, why, why! Weh, O weh! I’ se so silly to be flowing but I no canna stay!” (*)
(*) Então Nuvoletta refletiu pela última vez em sua leve e longa vida e minguou todas as miríades de pensamentos num só. Cancèulou todos os compromissos. Subiu pelos baluastros: gritou num núvil nominho ninfantil : Nuée! Nuée! Um tule onduleou. Ela passou. E dentro do rio que fora uma corrente (pois milhares de lágrimas tinham ido por ela e vindo por ela que era dada e doida pela dança e seu apelodo era Missisliffi) cai uma lágrima, minúltima lágrima, a mais leve de todas as lágrimas (falo para os fãs de fábulas de radioamor, lunávidos pelo ar vulgar de estrelas de celenovela) pois esta era a milágrima. Mas o rio escorregou lago por ela, sorvendo-a de um trago, como se mágua fosse água: Ora, ora, ora! Quem quer chora, quem não quer vai-se embora!
( James Joyce – Tradução : Haroldo de Campos )




