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PONTO FINAL ( MATCH POINT )

Muitas pessoas acreditam que todos os nosso atos na vida foram prefixados antes por nós mesmos , que se pudéssemos voltar ao passado faríamos as mesmíssimas coisas … Schopenhauer formulou teorias interessantes à respeito em “Parerga e Paralipomena” , Borges as retoma no conto “Deutsches Requiem” … eu mesmo sou adepto desta teoria , não acho que bola na trave seja azar ( mesmo aquela bola da Holanda que veio pingando e bateu na trave argentina e saiu , no finalzinho da final da Copa de 1978 ) , foi erro de chute , se o centroavante chuta certo a bola entra e pronto …
Mas existem pessoas que acreditam na sorte , no acaso , pensam que a determinação, a vontade humana conta pouco, que o que conta é o acaso , que a vida não tem sentido , que é um lance de dados ( “Un Coup de Dés” de Mallarmé ) … partindo desta teoria , Woddy Allen construiu um belíssimo filme : “Ponto Final” ( Match Point ) … só a metáfora da sorte identificada como a bolinha de tênis que bate na rede e pode cair em um lado ou em e outro e decidir uma partida , bem como sua repetição no momento decisivo do filme , são cenas que ficarão para a história do cinema … Não sou muito fã de Woddy Allen, ( há filmes dele que não me interessei em assitir ) , mas nesta pelicula ele foi corajoso em realizar uma tragédia, ousou ao colocar somente ópera com trilha sonora em meio a diálogos em três sotaques bem distintos ( britânico , irlandês e americano ) e mostrou como um cinema , com uma profundidade na captação de paisagens urbanas como o dele ( que ficava praticamente restrito a Nova York ) ganhou ao filmar em outros cenários ( ninguém filma as pessoas caminhando pelas ruas e entrando e saindo de casa que nem ele )…. Assistam !!!

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