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Meu pai presenteou-me com alguns álbuns contendo recortes de jornais que minha avó fez sobre as diversas reportagens sobre o meu avô o editor José de Barros Martins… aqui vai um texto publicado no Jornal Folha da Noite em 25 de Julho de 1952 (sexta-feira), sobre umas das recepções que eles faziam para os intelectuais da época:

(Obs: Os títulos das fotografias estão reproduzidos conforme o publicado no jornal).

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Sr. João Acioli, sra. Mauro Alencar, sr. Flávio de Carvalho, da. Marianinha Seabra, sr. Brasil Bandecchi e sr. José de Barros Martins, sentado

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A partir da esquerda: sr. Jorge Amado, sr. Dorival Caymmi, da. Maria de Lurdes Teixeira e sr. Hideo Onaga

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Sr. Jamil Almansur Haddad, sra. Helena Silveira, sr. Mário da Silva Brito e sra. Mário Donato

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Dna. Edite de Barros Martins entre os srs. Paulo Mendes de Almeida e Menotti Del Picchia

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Srs. Artur Neves e Sérgio Millet

EM CASA DO EDITOR MARTINS

Já se vão tornando clássicas, por assim dizer. As recepções oferecidas por José de Barros Martins e senhora ao nosso mundo intelectual e artístico. E isso porque realmente constituem um acontecimento. A bela residência da rua Abílio Soares consegue congraçar as mais variadas tendênciasliterárias políticas, artísticas e humanas na mesma espontânea e contagiosa alegria, na mesma fraternal cordialidade. Ali passam os problemas e todo mundo é feliz. Assim, ninguém que seja “habitué” de tais reuniões se admira ao ter o respeitado sociólogo e historiador entoar em alta voz alegres canções alemãs. O grande crítico cantar baladas medievais francesas, acompanhado em coro por toda a assistência. A alta autoridade fazer hilariantes imitações. O eminente advogado exibir suas qualidades claunescas. O conhecido poeta a entregar-se a demonstrações de sapateado. Ali todos riem, cantam e confraternizam ao redor do casal simpaticíssimo. Edite e José de Barros Martins ainda nesta quarta-feira passada ofereceram aos seus amigos mais uma dessas famosas reuniões.

É inútil dizer que a tradição foi brilhantemente mantida. A noite decorreu num ambiente quase existencialista (no sentido de Saint-Germaindes-Prés), desta vez ainda contando com a inesperada colaboração de Dorival Caymmi o incomparável interprete do cancioneiro da Bahia. Lá estiveram: Hernani Campos Seabra e sra. , Brasil Brandeschi, Ariel Lima de Faria e sra. , Sérgio Buarque de Holanda, Jorge Amado, Paulo Mendes de Almeida e sra. , Menoti Del Picchia, Raimundo de Meneses e filho, Sérgio Millet, Mário da Silva Brito, Mário Donato e sra. , Artur Neves, Nelson e Pola Resende, João Acioli, Antonieta Dias de Morais, Jaime Adour da Câmara, Helena Silveira, Jamil Almansur Haddad, Flávio de Carvalho, José Geraldo Vieira, Osvald de Andrade Filho, Maria de Loudes Teixeira, Abguar Bastos, Hideo Onaga, Dulce Carneiro, Mauro Alencar e sra. , além de outras pessoas.

(Maria Amália)

Publicado no Jornal Folha da Noite em 25 de Julho de 1952, sexta-feira

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