Citação do dia :
“O conhecimento sempre surge em relampejo . O texto é a longa seqüência de trovões que o sucede .”
( Walter Benjamin )
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“O conhecimento sempre surge em relampejo . O texto é a longa seqüência de trovões que o sucede .”
( Walter Benjamin )
Tagged CitaçõesO TEMPERO E O ESPAÇERO
Tagged digigrafiasNEM SÓ DE LER FINNEGAN’S WAKE VIVE O SER HUMANO
Ontem fui assistir um dos meus mestres de boxe , Juan “Chokito” Nogueira ( Centro Olímpico ) se tornar o Campeão Paulista dos Médios no ginásio Baby Barioni , em uma luta disputada contra Vagner Lyra ( representante de Ferraz de Vasconcelos) … foi um dos combates mais técnicos desta noitada pugilística … confira as fotos aqui.
Tagged boxeQUEM SABE , SABE & QUEM JOGA , JOGA …
Tagged futebolMESSAGE FROM THE UNIVERSE
Tagged digigrafiasRUPRESTO
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NENHUMA DOR
Minha namorada tem segredos
Tem nos olhos mil brinquedos
De magoar o meu amor
Minha namorada, muito amada
Não entende quase nada
Nunca vem de madrugada
Procurar por onde estou
É preciso, ó doce namorada
Seguirmos firmes na estrada
Que leva nenhuma dor
Minha doce e triste namorada
Minha amada, idolatrada
Salve, salve o nosso amor
( Caetano Veloso / Torquato Neto )
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DATILOGRAFIA
Traço, sozinho, no meu cubículo de engenheiro, o plano,
Firmo o projeto, aqui isolado,
Remoto até de quem eu sou.
Ao lado, acompanhamento banalmente sinistro,
O tique-taque estalado das máquinas de escrever.
Que náusea da vida!
Que abjeção esta regularidade!
Que sono este ser assim!
Outrora, quando fui outro, eram castelos e cavaleiros
(Ilustrações, talvez, de qualquer livro de infância),
Outrora, quando fui verdadeiro ao meu sonho,
Eram grandes paisagens do Norte, explícitas de neve,
Eram grandes palmares do Sul, opulentos de verdes.
Outrora.
Ao lado, acompanhamento banalmente sinistro,
O tique-taque estalado das máquinas de escrever.
Temos todos duas vidas:
A verdadeira, que é a que sonhamos na infância,
E que continuamos sonhando, adultos, num substrato de névoa;
A falsa, que é a que vivemos em convivência com outros,
Que é a prática, a útil,
Aquela em que acabam por nos meter num caixão.
Na outra não há caixões, nem mortes,
Há só ilustrações de infância:
Grandes livros coloridos, para ver mas não ler;
Grandes páginas de cores para recordar mais tarde.
Na outra somos nós,
Na outra vivemos;
Nesta morremos, que é o que viver quer dizer;
Neste momento, pela náusea, vivo na outra …
Mas ao lado, acompanhamento banalmente sinistro,
Ergue a voz o tique-taque estalado das máquinas de escrever.
( Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa )
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