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{ Monthly Archives } janeiro 2004

TÁCTICA Y ESTRATEGIA

“Mi táctica es

mirarte

aprender cómo sos

quererte cómo sos

mi táctica es

hablarte

y escucharte

construir con palavras

un puente indestructible

mi táctica

es quedarte en tu recuerdo

no sé cómo nin sé

con que pretexto

pero quedarme en vos

mi táctica es

ser franco

y saber que sos franca

y que no nos vendamos

simulacros

para que entre los dos

no haya telón

ni abismos

mi estrategia es

más profunda y más

simple

mi estrategia es

que un dia cualquiera

ni sé cómo ni sé

con que pretexto

por fin me necesites.”

TÁTICA E ESTRATÉGIA

Minha tática é

olhar-te

aprender como és

querer-te como és

minha tática é

falar-te

e escutar-te

construir com palavras

uma ponte indestrutível

minha tática

é ficar em sua recordação

não sei como nem sei

com que pretexto

mas ficar em ti

minha tática é

ser franco

e saber que és franca

e que não nos vendamos

simulacros

para que entre os dois

não haja telão (**)

nem abismos

minha estratégia é

mais profunda e mais

simples

minha estratégia é

que um dia qualquer

nem sei como nem sei

com que pretexto

por fim me necessites.”

( Mário Benedetti – Tradução: José Geraldo de Barros Martins )

(**) A tradução exata da palavra telón é “pano de boca” ( termo teatral que designa a tela que desce à frente do palco no intervalo da representação ) , preferi traduzir como “telão”, palavra mais atualizada , que mantém sonoridade original .

Estou lendo “Dom Quixote”de Miguel de Cervantes … muitos acham o livro antiquado … afinal , a estória de um sujeito que ataca moinhos de vento achando que são dragões não tem nada a ver com os dias de hoje … será mesmo ???

E os milhares de jovens que ficam jogando video-games ??? Não seriam eles os quixotes-mirins ??? Não teria Cervantes , previsto a realidade virtual ???

Citação do dia :

“Un sot qui ne dit mot ne se distingue pas d’un savant qui se taît.”(*)

(*) Um tolo que não diz palavra não se distingue de um sábio que se cala.

( Molière )

Ontem fez cem anos do nascimento de Lamartine Babo … o triste pierot , o autor de todos os hinos dos clubes cariocas , o crítico de música que quando viu uma canção denominada “A Grota Funda”, em um teatro de revista de Ary Barroso , foi conversar com o amigo compositor e disse que queria fazer uma letra melhor para aquela canção : resultado “O Rancho Fundo” … o sujeito que fez ( junto com Francisco Matoso ) a mais linda valsa da canção brasileira : “Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda”… Lamartine compôs tudo , de canções de carnaval como “O Teu Cabelo Não Nega” , a músicas de São João , como “Chegou a Hora da Fogueira” … Gênio é gênio …

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“Bem-aventurados os caolhos , porque só vêem a metade da realidade.”

( Rogério Sganzerla )

Hoje algo deixou o céu com uma terrível luz a-ver-me-lhaaaaada … é pessoal , a nação de Pindorama está ainda mais medíocre … saibam que uma das poucas mentes brilhantes acaba de nos deixar : o cineasta Rogério Sganzerla .

Neste ano se comemoram os 450 de Campos de Piratininga ( que mais tarde se chamaria São Paulo ) , e a cidade passará a ser alvo das atenções brasileiras … Se pensarmos , por exemplo quais filmes que melhor mostram a arquitetura paulistana , teremos uma diversidade de opiniões … eu , com minha visão “viciada” de arquiteto destaco três : “O Grande Momento” de Roberto Santos , “São Paulo S.A.” de Luís Sérgio Person e “O Bandido da Luz Vermelha” a obra-prima do supra-citado gênio de Joaçaba …

Já assisti “O Bandido da Luz Vermelha” dezenas de vezes … inclusive o meu quadro “A Noite do Meu Bem” tem partes inspiradas nos fotogramas desta película ( um com Roberto Luna abraçado com Helena Ignez e outro com Paulo Vilaça tocando violão ) … Mas não devemos resumir a carreira de Sganzerla nesta jóia … há vários filmes que só assistindo …

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O NOVO SOM !!!

Dica de cinema :

É o filme “Adeus Lênin” , dirigido por Wolgang Becker ; uma comédia sobre a queda do muro de Berlim … a primeira vista parece uma sátira engraçadinha sobre o comunismo , porém é uma película profunda que obviamente mostra as mazelas da cortina de ferro , sem deixar encobertas as chagas do capitalismo e seu lado grotesco … Mas o principal é a maneira de revelar o processo de criação de uma realidade paralela , fator este explorado por escritores ( de Miguel de Cervantes a Jorge Luís Borges ) , radialistas ( Orson Welles , em seu programa sobre a invasão da Terra ) e cineastas ( Ugo Giorgetti , em “O Príncipe” ) . Não vou falar mais , senão perde a graça : assistam !!!

VALE QUANTO PESA

Após dias e dias saboreando vinhos sem realizar atividade física ( exceto yôga de vez em quando ) , retornei à pequena academia onde me exercito … ao me pesar , constatei que permaneci no meu peso ( meio pesado , ou seja até 79,379 kg ) contrariando as previsões gargalhantemente malévolas , que diziam que iria subir de peso para cruzador ( até 86,183 kg ) ou mesmo peso-pesado ( acima de 86,183 kg ) …

Muitos irão dizer que a minha mania de me pesar me enquadrando em categorias de boxe , é pura excentricidade , uma vez que já faz tempo que abandonei os ringues … porém como não tenho a mentalidade cientificista que predomina na sociedade , considero que devemos ter uma noção de peso corporal qualitativa em vez de quantitativa … se alguém me diz fulano pesa 64 kg , chego a conclusão que ele não deve ser muito magro nem muito gordo , só isto … porém se me informassem que a mesma pessoa é um meio-médio , eu comparando-o com os grandes lutadores desta categoria , já teria a noção exata de seu peso enquanto ser humano pelejante neste imenso tablado denominado mundo moderno …

Se você quiserem saber mais sobre as categorias da nobre arte ( boxe , para quem não sabe ) , acessem o site da Confederação Brasileira de Boxe , onde poderão também verificar o ranking nacional atualizado do esporte supra-citado …

CASA NEOCLÁSSICA/ART-DECÔ EM GOIÁS VELHO !!!

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Citação do dia :

“Procuro na morte a vida;

Saúde na enfermidade;

No cárcere, liberdade;

No encerramento, saída;

No traidor, fidelidade.

Mas minha sorte, de quem

Já não posso esperar bem,

Ajustou coo céu terrível,

Que, pois lhe peço o impossível,

Nem o possível me dêem.”

( Miguel de Cervantes )