“Um quadro abstrato não representa , mas se apresenta”
( Samsom Flexor )
Acabo de chegar da vernissage da exposição SAMSON FLEXOR – Modulações , que está na Galeria de Arte do SESI ( Av. Paulista 1313 ) até 19 de Outubro ( aprendi que os meses se escrevem com maiúscula no início , depois disseram-me que isto não estava mais valendo , que era para escrever com mínúscula , mais aí já era tarde demais … ).
Para quem não sabe Flexor nasceu na Bessarábia , posterior Romênia e atual República Moldova , em 1907 . Aos quinze anos foi para Bélgica e depois para a França , após a Segunda Guerra Mundial ( onde participou lutando na Resistência Francesa ) veio para o Brasil . Na pátria de Pindorama começou a lecionar pintura , sendo um dos precursores do abstracionismo geométrico , que mais tarde derivaria no concretismo . Apesar de algumas afinidades , Flexor jamais foi um artista concreto … em parte porque em alguns momentos , mesmo utilizando formas geométricas , não abandonou o figurativismo , em parte devido a temática cristã e em parte porque sua obras não tinham aquela economia de cor (*) dos quadros concretistas e neoconcretistas …
Depois , Flexor começa a dissolver a forma , em uma linguagem lírica , que particularmente não me emociona tanto , vindo a falecer em 1971 na Paulicéia .
Um dos quadros seus que mais gosto é um Cristo com uma coroa de espinhos … coincidentemente quando ia para a exposição enfrentei um congestionamento enorme na Av. 23 de Maio , ao chegar próximo ao Viaduto Pedroso , avisto ( protegido por uma viatura da CET ) o causador da lentidão veicular : um sujeito carregando uma cruz em plena avenida expressa …
(*) Uso o termo “economia de cor” sem intenção prejorativa , como forma de designar o uso de poucas cores nas obras … eu mesmo , gosto sou super pão duro em relação as cores dos meus quadros : “Savanah Bay” ou “Better Get It In Your Soul” ( que estão ao lado à esquerda ) por exemplo , só tem três cores …
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