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REVENHO VER

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WE ARE THE HOLLOW MEN

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SÉRIE DE INTERMITÊNCIAS

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TOM JONES – Henry Fielding – Nova Cultural – Tradução: Jorge Pádua Conceição

Tom Jones é considerado um dos precursores do romance moderdo. Dividido em dezoito livros, cada um precedido por um prólogo no qual o autor dialoga com o leitor, uma inovação na época… é curioso que se em 1749, (ano no qual o livro foi publicado) isto era uma inovação, dez anos depois, o romance moderno entraria em outro patamar com a publicação de “A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy” de Laurence Sterne…  e Henry Fielding não pode acompanhar esta evolução pois faleceu em 1754 em Lisboa, onde foi enterrado no cemitério dos Ingleses .

Quando li Tom Jones não havia me inteirado do contexto literário no qual a obra foi escrita, mas deu para perceber claramente que é um libelo contra o conservadorismo, a hipocrisia e as rígidas regras sociais da época… após a leitura, descobri que Henry Fielding, um escritor que vivia uma vida mais descontraída, tinha um rival, chamado Samuel Richardson, um moralista arraigado, e que “Tom Jones” foi escrito em resposta a “Clarisse Harlowe”de Richardson…

Interessante que neste duelo de estilos, que Fielding zombe até mesmo  da suposta seriedade dos escritores da época, como no primeiro capítulo do livro sétimo, onde após confessar que  muitas vezes havia traduzido trechos dos melhores autores antigos sem citar o original, justifica tais plágios com a seguinte teoria:

“Os antigos pode ser considerados um rico pasto comum, onde todo e qualquer proprietário no Parnaso goza do livre direito de engordar a sua musa. Ou, para colocá-lo a uma luz mais clara, nós os modernos, somos para os antigos o que são os pobres para os ricos. Por pobres subentendo a imensa e venerável irmandade que denominamos a canalha. Ora, quem quer que tenha tido a honra de tratar com alguma intimidade essa canalha, há de saber perfeitamente que é um dos seus preceitos filmados saquear os vizinhos  ricos sem nenhuma relutância; o que, para eles, não é tido na conta nem de pecado, nem de ignomínia. (…) Da mesma maneira devem os antigos, tais como Homero, Virgílio, Horácio, Cícero, e o resto, ser considerado por nós, escritores, outros tantos fidalgos ricos, de que nós, os pobres do Parnaso, reinvindicamos um costume imemoriável de tirar o que quer que se nos depare. Essa liberdade exijo-a eu, e estou igualmente pronto a outorgá-la de novo aos meus vizinhos pobres por seu turno.”

Na próxima vez que for a Lisboa, pretendo prestar homenagem na tumba deste grande escritor…

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EPIFANIA GEOMÉTRICA

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“O pensar, contudo, é poematizar, e não somente no sentido da poesia e do canto. O pensar do ser é a maneira originária de poematizar. Somente nele, antes de tudo, a linguagem se torna a linguagem, isto é, atinge a sua essência. (…) O pensar é o poematizar originário que precede toda a poesia, mas também o elemento poético da arte, na medida que esta se torna obra, no seio do âmbito da linguagem. Todo o poematizar, tanto neste sentido mais amplo como no sentido mais restrito do poético, é, no seu fundo, um pensar.”

(Martin Heidegger –  tradução: Ernildo Stein)

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A DIMENSÃO DA QUIETUDE

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MONTEVIDÉU  – Enrique Vila-Matas – Companhia das Letras – Tradução: Júlio Pimentel Pinto 

Existem escritores que contam sempre a mesma estória, com pequenas variações, e nem por isso deixam de ser geniais… Enrique Vila-Matas é um desses escritores… a mesma estória que repete é a do escritor em crise com um bloqueio criativo, que está sempre em trânsito, participando de congressos de literature em diferentes cidades… Neste livro, o narrador é um escritor catalão que vai para Paris inspirado nos escritores norte-americanos dos anos 20 e acaba se transformando em traficante de drogas, antes de se virar um escritor famoso… agora ele passa por um bloqueio criativo, ou síndrome de Rimbaud (*)… 

Na tentativa de romper este bloqueio criativo ele retorna a Paris, depois seguindo por Cascais, Montevidéu e novamente Paris (além das reminiscências de passagens por Bogotá, Nova Iorque e St. Gallen), onde  algumas vezes nos quartos vizinhos dos hotéis onde se hospeda, ocorrem eventos significativos na trama do livro… podemos interpreter estes quartos contíguos como metáforas do lado esquerdo do cérebro, o local onde estariam as novas idéias para uma obra, que o escritor não consegue acessar…

O evento central envolvendo quartos vizinhos, ocorre em Montevidéu (**), quando o escritor se hospeda no mesmo quarto do Hotel Cervantes onde se passa o conto “A Porta Condenada” de Julio Cortázar. Para tal é necessário que o leitor tenha lido antes tanto este conto, como também “Estória com Migalas” do mesmo autor… Eis aqui uma exigência que fazem este e outros autores que intercalam ensaios literários na ficção: para ter uma compreensão mais completa da obra é necessário o conhecimento de uma série de outras obras…

No caso desta, ajuda muito o leitor ter assistido os filmes de Truffaut estrelados por Jean-Pierre Léaud, bem como “Spider – Desafie sua Mente” de David Cronemberg e lido “Baterbly, o Escrivão” de Herman Melville, entre outros…

Quem já leu outras obras deste autor não irá se decepcionar, inclusive porquê neste livro Vila-Matas insere pitadas de literatura fantástica, elemento que não me recordo de ter visto em suas obras anteriores… 

Quem nunca leu, poderá descobrir um dos melhores nomes da literatura atual…

(*) Arthur Rimbaud abandonou a literatura com 20 anos de idade para se tornar mercados de armas na África

(**) Por sinal a definição da capital uruguaia de Vila-Matas é exemplar:

“Montevidéu era uma cidade, mas também um estado de ânimo, uma forma de viver em paz fora do convulsionado centro do mundo (…)”

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AINDA ESTOU AQUI

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HOMELY SMOKE

90 ml de brandy
30 ml de Amaretto
15 ml de islay single malt whisky

Mexa tudo em uma coqueteleira com bastante gelo. Despeje em uma taça previamente gelada, despeje 2 gotas de angustura e coloque um twist de limão siciliano.

(Na receita original vai mel, mas não coloquei pois o amaretto já é doce)

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