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Outro dia no melhor sebo da paulicéia o “Brandão” ( cheio de salas com portas pantográficas, parece cenário de Cinema Marginal ) na R. Xavier de Toledo , comprei um livro que estava procurando : “Homem Comum Enfim” ( Here Comes Everybody ) de Antonhy Burgess … Burgess é famoso por ter escrito “A Laranja Mecânica” , ( que ele não considerava como seu melhor romance ) , mas fez várias coisas ( compôs três sinfonias , por exemplo ) , e entre tantas coisas , escreveu este livro sobre James Joyce que comprei , pois estou lendo Finnegans Wake em edição bilíngüe … Por sinal vi vários comentários no Orkut contrários a tradução de Donaldo Schüler …

Na minha visão , os fragmentos traduzidos pelos irmãos Campos ( em “Panaroma do Finnegans Wake” ) são em geral mais felizes do que os similares de Donaldo Schüler , porém há alguns trechos que Schüler traduz melhor , por exemplo no segundo parágrafo da 1ª página : “fr’over the short sea, had passencore rearrived from North Armorica” fica melhor taduzido por Schüler como “d’além do mar encapelado, não tinha passancorado reveniente de Norte Armórica” do que pelo Augusto de Campos , que põe “através o mar breve, não tinha ainda revoltado de Norte Armórica” , pois :

1) “short sea” quer dizer “mar crespo” e não “mar breve”

2) A tradução de Schüler mantém o jogo com a expressão francesa “pas encore” presente no texto original…

Parafraseando o poeta Arnaldo Xavier que dizia que em um país de iletrados e de analfabetos era um absurdo falar mal dos irmãos Campos, digo que em uma nação de emboabas não devemos falar mal dos pouquíssimos que ousaram traduzir Joyce … Por exemplo , gostei desta tradução da Bernardina Pinheiro do “Ulisses” … ainda não li ( nem sei se já saiu ) , mas é boa !!!

Os leitores deste blog que forem assistir “Igual a Tudo na Vida” ( Anything Else ) , que estreou ontem em São Paulo , irão perceber que no final , o personagem interpretado por Woody Allen diz o mesmo ditado popular publicado neste blog , no terceiro dia do presente mês : – Até um relógio quebrado …

Citação do dia :

“Las notas sociales son la historia de la nada.” (*)

(*) A crônica social é a história do nada.

( Sofocleto )

Citação do dia:

    OFÍCIO

 

Escrever

a água

da palavra mar

o vôo

da palavra ave

o rio

da palavra margem

o olho

da palavra imagem

o oco

da palavra nada.

( Maria Esther Maciel )

A GAROTA QUE SÓ POSSUI O LADO ENSOLARADO

SOBRE CORDAS E SOPROS : EL NEGRO DEL BLANCO

Ontem ganhei de presente o CD de Paulo Moura ( clarineta ) e Yamandú Costa ( violão de sete cordas )… Com um repertório que varia de chorinhos : “Um Chorinho em Aldeia – Na Glória” ( de Severino Araujo , Ari Santos e Raul de Barros ) , “Sons de Carrilhões” ( de João Pernambuco e Turíbio Santos ) e “Simplicidade” ( de Jacob do Bandolin ) ; música argentina : da milonga “Duerme Negrito” de Atahualpa Yupanqui , ao tango moderno de “Decaríssimo” ( Astor Piazzola ) passando pelo tango clássico em “Taquito Militar” ( Mariano Mores ) ; músicas cubana , espanhola com inspirações cubanas , venezuelana e chilena com “No Camino a la Vereda” ( de Ibrahim Ferrer ) , “La Paloma” ( de Sebastián Yradier ) , “Valsa Venezuelana” ( de Antonio Lauro ) e “Gracias a la Vida” ( de Violeta Parra ) ; sambas de Baden Powell ( “Samba Triste” , “Lapinha” , “Samba da Benção”e “Pra que Chorar” ) e uma música composta pelo Yamandú Costa “El Negro del Blanco” ( que dá nome ao disco ) ; temos uma obra belíssima que aborda alguns ritmos latino-americanos ( alguns , pois dada a riqueza musical do continente , seria necessário um álbum triplo para abarcar tudo ) fazendo a aproximação entre a boa música daqui com a boa música de nuestros hermanitos …

Com relação a capa temos bonitas fotos ( tiradas por Joaquim Nabuco ) dos dois tocando e tomando cerveja nos Bilhares Guarany ( no Rio de Janeiro ) em um projeto gráfico excelente do ponto de vista cromático , realizado por André Vallias …

Daqui ha três meses ( segundo fontes confiáveis ) sai outra parceria genial entre cordas e sopros : o trombonista Bocato ( em participação especial ) toca no CD do guitarrista Lanny Gordin !!!

CORES TRANSLÚCIDAS

Ontem fui na abertura da mostra do Dudi Maia Rosa , na Galeria Brito Cimino e me surpreendi com as obras nas quais tons chapados faziam contraponto a cores translúcidas ( devido ao efeito da fibra de vidro com papel celofane )… lá encontrei o polêmico escultor Franco Luís Nardini e o autor do famoso blog Carne Crua , Alberto Lima …

Semana que vem , Dudi Maia Rosa expõe no Centro Cultural São Paulo … Confira !!!

– Galeria Brito Cimino (r. Gomes de Carvalho, 842, Vila Olímpia, São Paulo, SP, tel. 3842 0635 ou 3842 0634)

– Centro Cultural São Paulo , 11 de agosto, quarta-feira, às 19 horas (r. Vergueiro, 1000, Paraiso, São Paulo,SP, tel. 3277- 3611)

Citação do dia :

“Até um relógio quebrado acerta duas vezes por dia.”

( Ditado popular )

TENTE OUTRA VEZ

Este é o convite da maior mostra que fiz : cerca de cinquenta obras minhas ficaram expostas no Centro Cultural São Paulo ( vergueiro ) entre 14 a 25 de Janeiro de 1988 … quem viu , viu …

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