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LINDA MORENA

Marchinha de Lamartine Babo (1932)

Gravação de Mário Reis e Lamartine Babo

Tom – F (barítono)

 

F     D7         Gm

Linda morena,     morena

C7                   F

Morena que me faz penar

D7       Gm        Bbm

A lua cheia, que tanto brilha

    F

Não brilha tanto

C7         F

Quanto o teu olhar

Tu és morena

              Gm

Uma ótima pequena

                      C7

Não há branco que não perca

C7(#5)    F   

Até o juízo

Onde tu passas

           Gm

Sai às vezes bofetão

C7

Toda gente faz questão

             F

Do teu sorriso

 

Teu coração

                   Gm

É uma espécie de pensão

               C7

De pensão familiar

C7(#5)           F

À beira-mar

 

Oh! moreninha

              Gm

Não alugues tudo não

               C7

Deixe ao menos o porão

          F

Pra eu morar

Por tua causa

                 Gm

Já se faz revolução

                    C7

Vai haver transformação

C7(#5)      F

Na cor da lua

Antigamente

                  Gm

A mulata era a rainha

                  C7

Desta vez, ó moreninha

           F

A taça é tua

NO EXPECTATIONS

Citação do dia :

“A graça da raça espanhola

A chispa do touro Miura

Tudo que um homem namora

Tudo que um homem procura.”

( Paulo Gomide )

Domingo é um bom dia para ouvir Jovem Guarda e boleros … Um dos meus boleros preferidos é “El Reloj” na voz de Lucho Gatica . O que me agrada é menos a melodia do que a letra , que possui certa profundidade filosófica , uma vez que versa sobre a possibilidade da inserção da eternidade em uma fração do tempo .

EL RELOJ ( Roberto Cantoral )

Reloj, no marques las horas

Porque voy a enloquecer

Ella se irá para siempre

Cuando amanezca otra vez

Nomás nos queda esta noche

Para vivir nuestro amor

Y su tic-tac me recuerda

Mi irremediable dolor.

Reloj deten tu camino

Porque mi vida se apaga

Ella es la estrella que alumbra mi ser

Yo sin su amor no soy nada.

Detén el tiempo en tus manos

Haz esta noche perpetua

Para que nunca se vaya de m’

Para que nunca amanezca.

Para que nunca amanezca…

MARIA OLIVIA PLURABELLE OUTRA VEZ

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Na onda da comemoração dos 400 anos de Dom Quixote , vi ( em DVD ) o “Dom Quixote” de Orson Welles . A película foi iniciada em 1955 no México (enquanto Sérgio Leone filmou seus faroestes na Espanha , Welles filmou uma parte da estória de Cervantes na terra de Montezuma ) e só foi montada depois da morte do diretor ( da mesma forma que “Tudo é Verdade” ) seguindo um roteiro previamente deixado. O enfant-terrible do cinema americano gostava de filmar os clássicos : “Othelo” e “Macbeth” de Shakespeare ,” o Processo” de Kafka … O gosto por filmar grandes obras da literatura devia ser uma tendência dos grandes de sua geração : John Huston filmou “O Falcão Maltês” de Dashiell Hasmmett , “Moby Dick” de Hermann Melville , “A Bíblia” , “À Sombra do Vulcão” de Malcom Lowry , “Os Vivos e os Mortos” de James Joyce …

Na obra de Welles , Dom Quixote e Sancho Pança estão interagindo com a Espanha do final da década de 50 ( o diretor afirmava que o cavaleiro andante já era anacrônico em 1605 , quando já existia a pólvora ) … Quixote tenta parar uma jovem que vem pilotando uma lambreta ( uma “besta” na nova linguagem ) dizento para o monstro ( máquina ) libertar a donzela … ela , desce do veículo , o enxota do caminho e segue viagem … e assim vai se passando a estória entremeada de trechos fiéis ao livro , até que os dois personagens se perdem e Sancho ( interpretado magistralmente por Akim Tamiroff ) tenta procurar pelo cavaleiro Andante na Festa de São Firmino e em uma Tourada ( estes trechos foram filmados na Espanha ) e fica perguntando para as pessoas se elas não viram um sujeito alto , magro e barbudo … No final eles se reeencontram e ao avistar uma máquina moderna Dom Quixote decide voltar para sua aldeia : qual era a máquina ??? O Avião ??? Uma Câmera Cinematográfica ??? O Computador ??? A Televisão ??? O Automóvel ??? O Foguete ??? Isto eu não conto para não perder a graça … Assistam : Um filme de Welles respira cinema , cada enquadramento , cada traveling , cada cena , se justifica por si só … Assistam !!!

P.S. : Este confronto entre Dom Quixote e a modernidade aparece também na música homônima cantada pelos Mutantes :

DOM QUIXOTE

(Arnaldo Baptista / Rita Lee)

A vida é um moinho

É um sonho o caminho

É do Sancho, o Quixote

Chupando chiclete

O Sancho tem chance

E a chance é o chicote

É o vento e a morte

Mascando o Quixote

Chicote no Sancho

Moinho sem vinho

Não corra me puxe

Meu vinho meu crush

Que triste caminho

Sem Sancho ou Quixote

Sua chance em chicote

Sua vida na morte

Vem devagar

Dia há de chegar

E a vida há de parar

Para o Sancho descer

E os jornais todos a anunciar

Dulcinéia que vai se casar

Vê, vê que tudo mudou

Vê, o comércio fechou

Vê e o menino morreu

E os jornais todos a anunciar

Armadura e espada a rifar

Dom Quixote cantar na TV

Vai cantar pra subir

EU PRECISAVA TANTO CONVERSAR COM DEUS

Remexendo em minhas coisas , achei esta poesia que escrevi entre 1984 e 1986 .

happyscórdia

cordas harmônicas

cordões de carnaval

orquestrações imensas

triste bocejo atonal

negros cisnes

a deslizar suavemente

em minhas agonizantes lágrimas

( de crocodilo )

Recentemente descobri uma poesia feita por meu pai , no site do extinto programa Musikaos , entitulada “Odeio Domingo” . Confira aqui.

A FEITICEIRA TRANQUILA DE BARRANQUILLA