Fui assistir “Faces” dirigido por John Cassavetes , filmaço : no campo visual , a maior parte da película é constituída por closes … com relação aos diálogos temos pérolas de filosofia entrecortadas por piadas infames , gargalhadas e conversas de bêbado … ao chegar em casa , li este trecho de um livro sobre o ilustre cineasta , que narra a semelhança entre o movimento de câmera ( gestual ) deste filme com a pintura de Jackson Pollock … vejam este trecho e depois assistam o filme que está em cartaz no CINESESC
“Mudanças bruscas de eixos, panorâmicas ultra-rápidas, séries espasmódicas de planos maiores não interligados, inserções arremessadas em movimentos corporais imprevisíveis, cada instante de Faces é impregnado de uma palpitação que deixa o espectador atordoado. O tempo, o ritmo, não mais corresponde à média de capacidade visual do espectador. Corresponde, como no action-painting, à constituição de um espaço do tocar mais do que do ver ou, mais exatamente, um espaço onde a visão é subordinada ao tato.”
( Thierry Jousse )
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