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Citando dois dos escritores citados em meu conto mais recente :

Muito melhor do que ler um livro é relê-lo , já afirmava Jorge Luis Borges . Pois bem , ontem , ganhei de presente uma edição fac-similada do livro : “K4 o quadrado AZUL” , de José de Almada Negreiros , impresso no mesmo solo lusitano em que nasceu o referido poeta , dramaturgo e pintor … Já havia lido-o na edição das obras completas deste artista múltiplo , que a editora Nova Aguilar heróicamente publicou nas terras de Pindorama ( aliás , quando estive em Lisboa em 1998 , verifiquei que não havia sido editado lá , algo semelhante ) . Agora releio-o … aqui vai um fragmento com a grafia original :

“Succediam-se juxtapostos hieoglyphos syntheticos de expressão immediata e que apesar de não estarem gravados em nehuma das faces do quadrado azul reproduziam-se nitidos em golpes de Radium pra dentro do meu cérebro impresso a helzevíre. De entre muitas das frases resolvidas archivava-se em profundidade estragnada a maldição da humanidade condenada ao prolongamento indefinidamente-desespero da noção do instante. Outras documentações inexplicaveis de mim prós outros estavam sublinhadas de zêbras aflitas d’imprescindivel importancia. Mas umas das que mais mordeu a minha sensibilidade foi a Medicina das côres pla qual tudo seria exito se se resolvêssem as proporções de um quadrado relativamente á aflição do Mysterio. Como exemplo intensificava a energia epilética de uma espiral de caixa de surprêzas relativamente ao perigo perpendicular de um quadrado de azêbre circumscrito ao circulo diámetro da terra e definindo a superficie exgotada quotidianamente em razão subjectiva.”

( José de Almada Negreiros )

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